(Por BiodiverCidades, 5 Janeiro 2011)
Nestes contextos e em muita documentação e literatura já produzida, existem muitas razões para valorizar as áreas verdes de excelência em Lisboa, como o Parque Eduardo VII, Monsanto, o Botânico e vários outros jardins de pequena e média dimensão, no entanto subvaloriza-se muito o fundamental papel que tem os quintais dos privados na antiga estrutura dos prédios de Lisboa, com os quintais no interior de cada quarteirão.
Neste processo a biodiversidade em Lisboa perde a possibilidade de se deslocar entre cada um dos jardins principais, criando o referido no inicio, de processo de fragmentação em que começam a acontecer pequenas ilhas de biodiversidade sem contactos entre as populações residentes.
Este processo de ilha para alem da diminuição de área útil disponível, cria fenómenos de limitações no contacto entre as populações de várias espécies existentes, o que para alem de outros problemas pode interferir na saúde das ditas populações por exemplo na consanguinidade nos processos de acasalamento e reprodução.
Um pequeno quintal com meia dúzia de árvores (desde que as certas) mais meia dúzia de arbustos e uns canteiros, com meia dúzia de truques e tolerância humana, pode-se converter não só num óptimo local de passagem como inclusive o local de habitação, desde que estruturado de forma correcta o habitat.
No final a pergunta é: queremos estar isolados enquanto espécie no nosso habitat ou reconhecemos a vantagem de partilhar a nossa vida e recursos com outras espécies animais?
Que cada um tente evoluir até onde consiga
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