O Carbono nos Solos

http://www.cpt.com.br/artigos/carbono-solo-emissoes-de-gases-efeito-estufa

A adição da matéria orgânica ao solo ocorre principalmente pela entrada do carbono resultante da síntese de compostos orgânicos durante a fotossíntese. A quantidade incorporada ao solo depende das espécies vegetais e dos sistemas de cultivos em uso. As perdas do gás ocorrem, em geral, pela liberação do mesmo na respiração, decomposição microbiana dos resíduos e da matéria orgânica do solo, e pelas perdas dos compostos orgânicos por meio de lixiviação e da erosão.

A magnitude desses processos, em condições edafoclimáticas específicas, depende direta ou indiretamente do manejo do solo. As concentrações de CO2 atmosférico em áreas agrícolas podem ser reduzidas pelo uso de sistemas de preparo do solo que resultem em matéria orgânica estável e mais resistente à degradação.

Ecossistemas onde a emissão de gás carbono excede a assimilação na forma de produção primária são considerados como fontes do mesmo. Ao contrário, se a absorção predomina sobre a liberação, eles são considerados drenos de dióxido de carbono . Portanto, o balanço entre o carbono perdido pelo processo de respiração e o acumulado como matéria orgânica conduzem o solo à função de dreno ou fonte desse elemento.

Essa função do solo depende fundamentalmente do seu uso e manejo quando da conversão de vegetação nativa em sistemas agropecuários, alterando os estoques de carbono do solo. Sistemas sem preparo do solo no Cerrado, como por exemplo, reflorestamentoplantio direto e pastagens, em geral, resultam no maior acúmulo de carbono em relação ao que utiliza o revolvimento do solo, sendo considerados drenos do gás para a atmosfera.

O acúmulo de carbono também está diretamente relacionado com aumento de nitrogênio, advindo do uso de plantas de cobertura.
Se esses sistemas forem acompanhados de associação de cultivos, como rotação, sucessão e consórcios, que favoreçam o acúmulo de resíduos vegetais no solo e aportes de carbono no perfil de solo, então, a mitigação das emissões de CO2 e dos demais gases de efeito estufa, como o N2O e CH4 para a atmosfera, será favorecida. Portanto, para que ocorra “sequestro” de carbono no solo é fundamental que o agroecossistema esteja associado a um sistema de cultivos (cultura principal e planta de cobertura) com elevada produção de biomassa e decomposição mais lenta de resíduos vegetais, o que resultará em cobertura mais eficiente do solo.

O acúmulo de carbono também está diretamente relacionado com aumento de nitrogênio, advindo, em sua maior parte, do uso de plantas de cobertura/adubos verdes, que pode promover “sequestros” de carbono e de nitrogênio no perfil do solo e mitigar processos de degradação do solo e as emissões de gases de efeito estufa para atmosfera. As concentrações atmosféricas de gases causadores desse aquecimento têm aumentado rapidamente devido às atividades antropogênicas, como queima de combustíveis fósseisurbanizaçãodesmatamentos, queimadas, bem como de práticas agrícolas que envolvem aplicações de fertilizantes, preparo do solo, incorporação de resíduos vegetais, irrigação, drenagem, entre outras.

Os processos de degradação física, química e biológica que resultam na diminuição de biomassa produzida e incorporada ao solo causam impactos negativos no acúmulo de carbono do solo, podendo aumentar as emissões dos gases CO2 , CH4 , NO e N2O para a atmosfera. As alterações na dinâmica de decomposição da matéria orgânica por mecanismos biológicos associados aos resíduos vegetais, além dos fatores climáticos, afetam diretamente a liberação de CO2 e a mineralização do nitrogênio, refletindo-se na emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.

A aplicação de fertilizantes nitrogenados também favorece essas emissões. A quantidade e a qualidade de resíduos vegetais acumulados no solo ao longo da rotação de cultivos com espécies de adubos verdes se expressam no aporte de nutrientes, em especial, carbono e nitrogênio, contribuindo também para o balanço negativo das emissões de gases, ou seja, na mitigação das emissões dos gases de efeito estufa do solo para atmosfera.

*Arminda Moreira de Carvalho, pesquisadora da Embrapa Cerrados, agrônoma com mestrado com ênfase em solos e nutrição de plantas e doutorado em ecologia.


Gestão das pastagens

Neste terreno e dadas as boas condições de fertilidade e disponibilidade de água, todas as primaveras há um crescimento vigoroso da erva nas xonas incultas, ficando na maior parte da quinta com uma altura de 1,5 metro. Dois anos atrás a não gestão desta situação (estando eu ausente) levou à expansão rápida de um incêndio que houve na zona, com efeitos muitos nefastos para a propriedade.
Este ano e por prevenção será uma preocupação a ter pelas seguintes razões
Neste contexto, mal  toda esta erva esteja seca  e tenha produzido a semente que é desejada para renovar esta cobertura de solos e diversidade e riqueza botânica da pastagem, virá aqui um amigo que tem trator e gadanheira, afim de efectuar o corte da pastagem.
Após cortada  nalgumas zonas de solo menos bom, esta erva será deixada em cobertura e compostagem no local, para fertilização.
Nas zonas melhores será recolhida, a fim de ser utilizada como matéria prima, tanto para a instalação de novas camas elevadas, ou cobertura de proteção para as camas já existentes.

Criação de plataforma local de Produtores e Permacultores


Do campo para a cidade
Ocorreu no passado dia 25, celebrando a revolução e liberdade, um encontro "clandestino" de vários produtores ou candidatos a produtores, afim de procurar um modelo conjunto de aproveitar determinadas oportunidades ou viabilizar explorações, em sistemas de cooperação local, O resultado foi muito animador, já foram distribuídas tarefas e marcou-se um novo encontro para breve enquanto todos vão para "casa" refletir e pensar em possibilidades de passar à pratica
Objectivos gerais
Plataforma de criação e colaboração no sentido de criar modelos e sistemas de viabilização de iniciativas no contexto da agricultura biológica, actividades tradicionais, e iniciativas económicas na vertente da sustentabilidade.

Objectivos específicos
  • Escoamento de produções
  • Consolidação das iniciativas existentes
  • Viabilização das novas iniciativas
  • Estimulo para novas iniciativas
  • Criação de modelos de cooperação e colaboração
  • Partilha de ajudas, conhecimentos e meios
  • Criação de mais expressividade nos mercados existentes
  • Procura de novos mercados
Potencialidades
  • Criação de marca conjunta
  • Coesão e força no mercado
  • Realização integral de objectivos
  • Viabilizar escolha de modo de vida
  • Criação de dinâmica social e de grupo essencial para bem-estar local
  • Foco de atração de outras iniciativas para enriquecer panorama económico, social e humano da região

Dificuldades
  • Articulação de vontades
  • Articulação de esforços
  • Coesão e motivação

Estratégia e passos
  • Convocatória e reunião de possíveis primeiros interessados
  • Apresentação do modelo discussão e aprovação do conceito
  • Levantamento de competências
  • Convergência de esforços
  • Listagem de produtos e quantidades disponíveis
  • Estudar situação transportes

Meios necessários
Curto prazo
  • Envolvimento e empenho interessados
  • Sistema de transportes para recolhas e deposição
Longo prazo
  • Local armazenamento
  • Local acondicionamento

    Locais já previstos de escoamento
    • Lisboa (2 restaurantes, uma loja e um distribuidor de cabazes ao domicilio)
    • Local para espaços da região
    • Espanha
    • Porto





    A "internet" da Natureza


    Micorrizar os solos e árvores

    Durante os últimos dias e resultado das abundantes chuvas, tenho andado numa azáfama de recolher cogumelos de várias espécies que crescem no terreno, triturar em solução liquida com água e depois, ir pela propriedade salpicando os solos com esta solução impregnada de esporos, que irão colonizar os solos com essas espécies de fungos, dando um bom input e ajuda á Natureza, para essa dispersão.
    Neste sentido, estamos a dar preferência aos comestíveis para proporcionar maior abundancia deste recurso, num contexto multifuncional, mas nenhum tipo de cogumelo é desprezado, e assim usamos todas as espécies que ocorrem por aqui. Não sabendo das especificidades de cada espécie, que podem ter funções importantes no ecossistema, mesmo não sendo comestíveis para nós, deve ser também incentivado. Se existe cá, é para continuar a existir que de algum modo será importante.
    A principal razão de o fazermos, apresentamos de seguida numa explicação que resulta num resumo de várias pesquisas e consultas de documentos.

    A relação dos fungos com a floresta
    Na verdade e na minha opinião, os fungos fazem tanto parte daquilo que se chama floresta, como as árvores, pois têm um papel fundamental na circulação e transferência dos nutrientes e energia, nesse ecossistema. São de igual modo responsáveis pela limpeza, concentração, translocação e redistribuição do nitrogênio nos solos. Redes de micélios bem desenvolvidas podem ir buscar nutrientes e humidade a distâncias consideráveis, transportando-os através dos solos, o que irá directamente beneficiar as árvores ligadas a esta rede subterrânea.


    Crê-se também que os micélios de fungos existentes no solo, funcionam como uma enorme rede de comunicação entre fungos, raízes de plantas e outros agentes do solo. De algum modo funcionam como se fossem a internet da floresta, ou na cinema, o sistema de comunicação das arvores, ficcionada no filme “Avatar”. 

    É por meio do micélio que um fungo absorve os nutrientes a partir do seu meio ambiente, que acontece em duas fases.  Primeiro, as hifas (filamentos do micélio) produzem as enzimas no interior, ou sobre a fonte de alimento e dissolvem elementos orgânicos em componentes mais pequenos, que irão então ser absorvidos pela complexa e por vezes muito grande rede de micélios, existente num solo de floresta saudável.
    Os micélios são insubstituíveis na decomposição de material vegetal e orgânico em geral. O micélio associado ás raízes, aumenta a eficiência da absorção de água e nutrientes pelas plantas e reforça na suas defesa a alguns agentes patogénicos.
    Uma das funções dos fungos na Natureza é a decomposição de compostos orgânicos. O petróleo, pesticidas , contaminantes vários, são constituídos por moléculas orgânicas, com estrutura de carbono. Isto significa que podem oferecer uma fonte de carbono como alimento para os fungos, o que resulta em todo um potencial de capacidade dos fungos eliminarem estes elementos no solo e água (bio-remediação).
    Paul Stamet, que tem dedicado a vida a estudar e experimentar as funções dos fungos, provou o potencial dos mesmos como filtros biológicos, removendo produtos químicos e microrganismos do solo e da água. 
    O actual conhecimento da relação entre  fungos micorrizícos e plantas, proporciona modelos de como melhorar o rendimento das culturas vegetais .
    Em experiencias e testes de associação entre plantas e fungos, observaram-se grandes melhorias, ajudando as plantas a crescer mais rapidamente e a ficar mais fortes contra pragas e doenças, num incremento 2 a 5 vezes superior.
    O tributo a estes incríveis seres até porque há um conhecido o maior organismo do mundo, 9,7 km2,  no leste do Oregon teve um crescimento contínuo de micélio antes de estradas madeireiras o cortarem. Estimado em 1.665 campos de futebol de tamanho e 2.200 anos de idade, este fungo alimentou-se da floresta acima várias vezes, e assim construiu camadas mais profundas do solo que permitem o crescimento de cada vez mais árvores. 

    É por isso que estou a fazer o que posso para repovoar de cogumelos estas terras.
    É também por isto que gostamos mesmo dos cogumelos aqui.

    As bolotas que germinam por aqui


    O crescimento de um carvalho em "Time-lapse"

    Uma árvore é sempre um ser que inspira fascínio e respeito, parecem muito imoveis e paradas mas isso só acontece aos nossos olhos, na nossa escala de tempo. Para um ser que pode viver centenas ou milhares de anos, as coisas acontecem com uma pressa diferente, fora do nossa compreensão do tempo.


    Imagens lindas de um carvalho a crescer, que a nossa tecnologia actual permite admirar este maravilhoso processo, o sempre fascinante milagre do nascimento e da vida.



    Durante o inverno,  tenho espalhado umas centenas de bolotas de Azinheira (Quercus rotundifolia) sobreiro (Quercus suber) e Carvalho negral (Quercus pyrenaica). 



    Neste momento e chegada a Primavera,  consigo imaginá-las neste esforço incrível do nascimento, furar a terra para baixo com as raízes em busca de sustentação e  alimento e romper para cima em busca do sol. Eis uma ajuda para as imaginar:





    O crescimento de um carvalho em "Time-lapse"

    Uma árvore é sempre um ser que inspira fascínio e respeito, parecem muito imoveis e paradas mas isso só acontece aos nossos olhos, na nossa escala de tempo. Para um ser que pode viver centenas ou milhares de anos, as coisas acontecem com uma pressa diferente, fora do nosssa compreensaão do tempo.
    Imagens lindas de um carvalho a crescer, que a nossa tecnologia actual permite admirar este maravilhoso processo, o sempre fascinante milagre do nascimento e da vida

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    Possíveis destinos para o campo com incentivos


    Incentivos locais para atrair população


    Migra para Idanha

    (http://www.cm-idanhanova.pt/conteudos/default.asp?ID=174&IDP=172&P=62)
     
    EM IDANHA HÁ LUGAR PARA TI
    Em Idanha damos valor às pessoas e às suas capacidades. Temos forma de ajudar a implementar as tuas ideias de negócio, do Turismo à Agricultura e Pecuária, das Artes ao Ensino e Cultura. Para apoiar o empreendorismo e inovação criámos e adaptámos, a Incubadora de Empresas, a Incubadora de Base Rural, Zonas Industriais, Zonas Históricas, Zonas Naturais e Termais.

    Antes de partires para outras paragens, vem conhecer-nos melhor. Prometemos ouvir as tuas ideias e projetos. 
    MIGRA para Idanha-a-Nova.

    Documentos: 

     Informações e Contactos:    Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
    Lg. do Município
    6060-163 Idanha-a-Nova
    Tel. +351 277 200 570
    Fax: +351 277 200 580

    Produção de cogumelos comestiveis


    http://boomfestivalofficial.blogspot.pt/2013/04/do-humus-vem-os-fungos-from-humus-comes.html


    Do Humus vêm os Fungos.


    A inoculação de cogumelos Pleurothus ostreatus no composto das casas de banho secas

    Ao composto resultante de 2008, em que foi adicionada uma boa quantidade de serradura e aparas de madeira, estivemos a verificar esse mesmo está em bom estado de decomposição, exceptuando a serradura, ainda muito atrasada.
    Entretanto contactamos um amigo de Idanha-a-Nova que se dedica a investigação e produção de cogumelos e acabamos por optar por uma solução afim de tornar mais eficiente e rápida a decomposição final desta serradura.
    Construímos camas compridas acumulando o composto. As camas têm cerca 5 metros de comprimento, 60 cm de largura e 50 cm de altura, num total e até ao momento de 24 camas.
    No cume abrimos uma pequena vala longitudinal e dentro foi colocada palha, algum cartão e spam (micélio) de cogumelos do tipo Pleurothus, comestível e altamente saboroso. Voltamos a cobrir com o composto e entretanto tem sido esperar e ir criando mais camas, e inocular á medida que vamos produzindo micélio destes cogumelos. Este spam de micélio consegue-se utilizando borra de café, misturada com um pouco dos cogumelos triturados e manter em local escuro e com ligeiro teor de humidade. Quando já tem o aspecto de uma massa coberta de pelos brancos está pronto e vai para as camas para colonizar.
    Resultado, neste momento estamos a ter diariamente produção de cogumelos para alimentação (e só 4 das 25 camas construídas, já estão em produção)  e no final, esta serradura vai ser transformada em composto de alta qualidade.
    Falta de recurso no mundo ou falta de soluções, fezes humanas que poderiam estar a contaminar aguas e solos, estão a ser transformadas em solo fértil e cogumelos de alta qualidade

    Criação de sebes para fauna e auxilio na horticultura (ventos, calor)

    Nas hortas e florestas de alimentos, a gestão de sebes com arvores e de orlas de herbáceas,  constitui umas das principais medidas de ordenamento favoráveis ao incremento da diversidade biológica para alem da protecção a factores climáticos desfavoráveis.


    As fiadas de árvores ou arbustos em limites de propriedades ou quebra-ventos, constituem habitat de nidificação, alimentação e abrigo para inúmeras espécies com interesse de conservação e espécies cinegéticas. 


    Por outro lado, a instalação destas sebes, cortam os ventos fortes, quer sejam frios e prejudiquem culturas ou arvores, ou sejam quentes e secam e evaporam plantas e solos.

    Por fim, temos também o efeito de margem ou borda em que, ao juntar dois habitats de características diferentes, reúnem-se as condições para a ocorrência das especies características de ambos, o que enriquece imenso um ecossistema.

    Aqui e no caso desta quinta em que tenho humidade suficiente nos terrenos, usei principalmente Salgueiros, associados com alguns Freixos e Medronheiros como espécies perenes.


    Plantei dando uma configuração de rampa, o que favorece o efeito pretendiodo, colocando os medronheiros e alguns Adernos e Crataegus (mais baixos e compactos  na "frente, para absorver o primeiro impacto dos ventos, seguidos dos salgueiros e freixos.
    Foram todos plantados em compassos estreitos. Um metro entre cada para os arbustos e 2 metros entre cada arvore, para conseguir um efeito futuro de barreira mais compacta, afim de ser realmente efectivo o efeito de corta ventos.