Valas de cultivo novas


Entretanto, no meio de Novembro e aproveitando uma zona nas hortas que fica entre cama elevadas e o caminho e que tem como vantagem ficar abaixo da charca nova e por isso beneficiar da humidade desta, fiz 6 valas com cerca 15 metros comprimento, aproveitando o tractor emprestado.
Foram estrumadas em cobertura em toda a extensão e deitei para dentro uma mistura de casacas de batata, favas, e ervilhas.

Como já referi, não tenho objectivos  a curto prazo e o meu objectivo com esta batata é que se venha a verificar uma situação de auto sementeira, por isso juntei com a leguminosas para fertilizar solo e irei adequando a estrutura ao longo do ano, de modo a ver como será mais fácil, produtiva e com menos dispêndio de energia para a cultura da batata. A fava para alem de produzir, vai fornecer nitrogénio ao solo e fertilizar a batata.

Num outro canteiro elevado que ficou aqui em consequência dos trabalhos para charca, regularizei a terra de modo uniforme e no cimo, um pequeno planalto de cerca 60 cm de largura, plantei as alcachofras germinadas (12, em viveiro) a cerca 2 metros de distancia entre cada e pelo meio plantei cerca de 50 pés de morangueiro.

Também aqui, plantei fava e ervilha pelo meio, com o objectivo de fertilização do solo (claro que serão aproveitadas as favas e ervilhas para consumo. No final da colheita também servirá de cobertura junto com toda a rama da batata e mais ervas existentes, regenerando a estrutura e actividade biológica natural do solo saudável e produtivo, como se pretende agora que venha a ser e aumentar gradualmente a força e beleza do mesmo e por conseguinte de toda a biodiversidade do espaço. 


Na cama elevada em forma de árvore, plantaram-se couve-flor, brócolo e couve coração. Ervilhas, 200 pés de cebolo, semeada cenoura, rabanetes, nabo e rúcula.
Breve será transplantada a escarola, a alface, mais couves (brócolo) e mais cebola.

como nota mais pessoal da vivência deste processo  ainda à dias reparei como aprecio e me excita esta dinâmica e beleza da estrutura e dinâmicas do solo, e é um chavão este que digo, mas é no solo que assenta toda a vida. É fascinante este processo de copiar a Natureza nos seus processos, foi o que sempre acreditei e a vida toda tenho acumulado conhecimento e instinto e agora foi-me dado o método e a oportunidade de concretizar.

Tudo melhorou exponencialmente, tanto nas abordagens como nas práticas. Tudo faz sentido. Por isso sinto-me actualmente pleno e grato pois estou a ser bafejado pela sorte e pelo sentido criativo do universo. No que quer que isso seja ou se manifeste, mas é o que sinto. Estou no local certo a fazer a coisa certa e no momento e com a atitude certa. É perfeito

Sempre o mesmo processo, o mesmo método... seguir as indicações da natureza e trabalhar com o corpo, o coração e a criatividade.

O descanso do guerreiro - Observar e mimar as árvores plantadas


Tanto por falta de tempo como por estarem de momento atingidos os principais objectivos, estou no tempo do descanso do guerreiro. Foi intenso e a contra relógio para fazer o que deveria ser feito no inverno como o pouco tempo disponível  correu bem e susbtimei a minha velocidade de execução. Neste momento e relativamente ao que foi feito, é tempo de esperar, observar, mimar.

Faltam ainda algumas árvores para zona de floresta alimentos, mas essas irão entrar gradualmente à medida de investimento ou oportunidades de encontrar espécies autóctones de fruteiras o que nem sempre é fácil mas se irá fazendo.
Quero principalmente ainda colocar algumas de maçã e pêssego de algumas variedades regionais que ainda terei que pesquisar.
Complementando a isto também ainda faltam algumas florestais como o castanheiro e a cerejeira.

Na próxima semana trarei mais umas nogueiras, amendoeiras e amoreiras.

As laranjeiras serão reabilitadas mas o próximo passo será esperar pela primavera para enxertar as que já tenham dimensão para isso.
Agora é mesmo contemplar e reparar na forma como as árvores  solo e vegetação se comporta e reage a este inverno tão húmido.

Boa altura também para reparar nos fluxos de escorrência de água, fauna existente no espaço e sobretudo, perceber zonas mais húmidas, as mais drenadas, etc para ir (árvores claro) semear muitas bolotas ora de carvalho, ora azinheira, ora sobreiros, consoante as referidas condições de humidade e solo

Testemunhos de terceiros

À parte a minha experiência actual (que é um acumular de muitos anos anteriores de actividades), existem outros exemplos e referências, mais mediáticos, mas de não menos relevância.
Aqui fica um extra para inspirar....

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Parar e observar

Neste momento e relativamente ao feito é tempo de esperar, observar, mimar.


Faltam ainda algumas árvores para zona de floresta alimentos, mas essas irão entrar gradualmente à medida de investimento ou oportunidades de encontrar espécies autóctones de fruteiras o que nem sempre é fácil mas se irá fazendo.

Quero principalmente ainda colocar algumas plantas de maçã e pêssego de variedades regionais que ainda terei que pesquisar.

Complementando a isto, também ainda faltam algumas espécies mais florestais, como o castanheiro e a cerejeira.

Na próxima semana tarei mais umas nogueiras, amendoeiras e amoreiras de Lisboa, porque arranjo lá de boa qualidade e excelente preço.

As laranjeiras serão reabilitadas mas o próximo passo será esperar pela primavera para enxertar as que já tenham dimensão para isso.

Entretanto e com humidade e boa cobertura que está a acontecer no terreno, fruto das chuvas agradáveis e consideravelmente abundantes que se tem verificado.

Camas elevadas - Construção padrão






s
 Camas elevadas em Permacultura

O que são camas elevadas.

levantadas jardim logs hugelkultur camas e solo após um mês
1 mês
Na verdade trata-se de fazer canteiros para cultivo, altos e cheios de madeira e restos orgânicos em decomposição, nutrientes e bolsas de ar benéficas para as raízes do que seja plantado, tendo estas camas um carácter permanente e de muito baixa manutenção, sem remoção de solos, tratamentos etc. Com o passar dos anos, a profundidade do solo na cama elevada torna-se incrivelmente rico e cheia de vida e actividade orgânica do solo.

Como a madeira encolhe, faz bolsas de ar mais pequenas. Nos primeiros anos, o processo de compostagem cria um ligeiro aquecimento no solo dando-lhe um prolongamento da temporada de crescimento e produção.
A matéria lenhosa ajuda a manter o excesso de nutrientes, evitando que sejam arrastados para as águas subterrâneas e, que serão lentamente disponibilizados para a realimentação das plantas em culturas. Além disso, este sistema consegue reter muita água em efeito de esponja pelo que se torna muito apropriado para climas mais quentes e secos. 

hugelkultur
2 meses
Não se devem usar troncos de madeiras de cedro, eucaliptos ou robinias . Estas duram mais tempo porque estão carregadas de pesticidas naturais / herbicidas / anti-fúngicos / anti-microbial (um bom solo muitas bactérias, fungos e micróbios). Excelentes madeiras conhecidas madeiras  são: amieiros , macieira, talos de couve seca , choupos , salgueiro (seco) e bétula.

Utilizar madeira já velha é melhor . Outro aspecto a ter em conta é que a madeira é rica em carbono e irá consumir algum nitrogénio para compostar.

levantadas canteiros após dois anos
1 ano
A cama não tem limites de altura máxima definida, sendo para isso única limitação a disponibilidade de troncos, terra e composto que tenhamos

Quanto à largura, deve ter o suficiente para que seja acessível de um lado ou do outro (aproximadamente 80/100 cm largura)

As passagens e espaços entre camas deve ser mais de 60 cm para que se transite facilmente, com ferramentas ou caixas para a colheita

Sequência de acções para construção da cama
  • Quando o solo é profundo e se trabalha facilmente, cava-se uma vala de cerca 30 cm de fundo
  • Em seguida, coloca-se a pilha de madeira
  • Depois, colocar matéria orgânica e restos vegetais mais fibrosos (palhas, ramos finos, restos de canas, talos horticolas, etc)
  • De seguida colocar uma camada de terra original do terreno, cobrindo o tronco e restos vegetais
  • Neste momento aplica-se a camada de cartão (previamente molhado para moldar melhor) ou preferencialmente um lençol, cobertor ou qualquer tecido de origem vegetal (flanela, algodão). Esta acção tem como objectivo evitar a germinação e crescimento de todas as sementes de ervas selvagens que existam no solo.
  • De seguida uma camada de mínimo 5 cm de composto bem desfeito. É nesta camada que vão ser colocadas as plantas e sementes dos nossos hortícolas.
  • Por fim mais uma camada de palha e ou folhas (pequenas), que irá servir tanto de protecção para a transpiração do solo, germinação de algumas sementes e também ficará em decomposição lenta aumentando e gerindo a fertilidade do solo.
  • Convém que esta palha utilizada seja mesmo resto de palha simples, nunca fenos, pois a palha resulta dos cereais, uma vez tirado o grão e no caso do feno, são cortes de prados naturais, cortados para forragem, sendo que estes trazem contidos milhares de sementes de ervas silvestres.
  • De seguida irá instalar-se a tubagem para rega que deve colocada no topo da cama e fixa com grampos ou ramos em forquilha, para não se moverem de onde foram colocados.
  • Por fim planta-se e semeiam-se os nossos hortícolas escolhidos, de época.


levantadas canteiros em cima do sod
Benefícios
Sobretudo volto a recordar que este trabalho só se faz no início, Não se voltam a fazer mobilizações ou sachas de terra, somente a continua adição de composto e material vegetal de cobertura
1. A cama levantada permite um maior aproveitamento de superfície de plantação
2. Aumenta a produtividade do solo
3. Aumenta a capacidade de retenção de água
4. Reduz em muito o trabalho e tempo dedicado á horta
5. É mais prático e funcional de manutenção



levantadas canteiros mais caminhos longos
Canteiros elevados com valas drenagem laterais
para regiões, ou solos mais humidos

canteiros levantados cavado um pouco
Canteiros elevados onde é cavado sulco 
para enterrar madeiras





As minhas camas elevadas e como as instalei

Comecei por recolher em toda a quinta, todos os troncos e restos de madeira velhos que tinha. Isto não foi problema pois o fogo de há dois anos encarregou-se de deixar muita madeira no terreno.

No entanto, a maioria do que utilizei foi de um choupo gigante que tinha e toda a copa secou, estando actualmente a cair várias pernadas partidas e que foram cortadas em pedaços e utilizadas para recheio da cama.
Perspectiva mais alta

Na verdade o choupo e Salgueiro é das melhores madeiras para utilizar nas camas elevadas, pois é madeira branda, porosa e por isso mesmo retêm muita agua no seu interior e são as principais madeiras que tenho na quinta actualmente.

 Como decidi fazer uma cama em forma de árvore (pode-se fazer a forma que se desejar, já fiz mandalas, espirais e simples linhas paralelas), fui dispondo todos os troncos para conseguir essa forma.


No final resultou uma instalação com cerca 15 metros largura e 30 comprimento em forma de árvore (tronco principal e ramos que vão derivando)

De seguida coloquei muita palha que recolhi das imediações pois havia muita disponível do verão anterior.
Os troncos cobertos com pasto seco

Por fim e aproveitando a retro escavadora que tive lá (coordenei assim) e usei a terra superficial com maiores teores de matéria orgânica, que foi raspada e colocada em cima do esqueleto de troncos e palha.
Foi colocada uma camada de variável entre 20 e 40 cm de terra.
No final as camas ficaram em média geral, com cerca 80 cm de altura e 1 metro largura (tirando a ponta dos "ramos da árvore")
Por fim cobri tudo com uma boa camada de palha entre 5  a 10 cm, que me foi oferecida por um amigo.

Depois foi só plantar vários hortícolas que comprei em pequenos plantas de viveiros hortícolas  para adiantar tempo.

Desde então, tenho vindo a espalhar na cama vários tipos de sementes ao modo do Fukuoka (um japonês com uma técnica particular e que sou adepto, fácil de pesquisar na net através deste nome).
O velho choupo que anda a servir de recheio às camas

Entretanto já tirei e consumi de lá varias coisas, mas deixo sempre algumas plantas de cada tipo de hortícola  produzirem semente, que naturalmente irá ressemear o espaço.

Na primavera (breve) irei instalar um sistema de rega gota a gota, que na devida altura explicarei.






Link para calendário plantação e sementeira de horticolas:
http://voltar-ao-campo.blogspot.pt/2013/02/blog-post.html

Calendário de culturas e sementeiras hortícolas


A instalação desta floresta de alimentos

Armação do terreno em valas (Swales)
Foi feita uma armação do terreno em arco de cerca 35 metros de comprimento cada vala.
Um total de 20 valas com cômoro de cerca 40 cm de fundo e 60/80 largo. 
Logo após as primeiras chuvas espalhei a mistura de sementes de trevo, ao longo das valas (chamemos swales).
Entretanto e gradualmente tenho vindo a plantar vários tipos de árvores e arbustos, seguindo a perspectiva de dois grupos de plantas com duas funções distintas.
Numa base inicial e que ainda será mais incrementada, a plantação de árvores e arbustos de leguminosas para o fornecimento do nitrogénio para o solo:

Até ao momento foram plantadas estes arbustos:
  • Pascoinhas (Medicago sativa); 
  • Piorno (Retama shareocarpoa) ; 
  • Giesta (Citysus scoparius)
  • Tremoção (Astragalus lusitanicus
Acácia do Japão
Como árvores leguminosas e até ao momento plantei 
  • 10 acácias do Japão (Sóphora japónica),
  • 6 alfarrobeiras (como experiência pois não é suposto resistiram aos frios desta zona, no entanto e numa quinta aqui perto existem várias com um ar bastante saudável, por isso experimenta-se, bem colocada e adaptada, creio que será determinante para resultar. Plantadas também 2 Robinias.
  • Como frutíferas silvestres (alem de gradualmente conduzir e aproveitar os silvados, para amora), plantei para já 25 Medronheiros, e 8 Sabugueiros.
O descrito anteriormente foi efectuado entre Novembro e Dezembro. desde Janeiro e até agora, meio de Fevereiro, também plantei: 
  • 4 Nogueiras, 
  • 2 Nespereiras, 
  • 25 Pereiras bravas para enxertar
  • 20 Romãzeiras e 
  • 20 Amendoeiras, 
  • 20 Figueiras  (aproveitadas de rebentos com raiz e outras recolhidas) 
  • 6 Zambujeiros.
  • 12 Pistacia therebinthus para servir de porta enxertos para Pistacia vera
  • 10 Aveleiras
  • 5 Nogueiras
  • 10 Castanheiros
  • 6 kiwis
  • 2 Tangerineiras
  • 8 Cerejeiras
  • 2 Alperces
  • 3 Anoneiras
  • 5 Abacates
Viveiro
Em pequeno viveiro que construí  estou a reproduzir alguns Carvalhos, Nogueiras, Alperces, Laranjeiras, Bambus, Lichias e Aveleiras.

Por fim e como se tem revelado difícil obtenção (sem, ser a custos altíssimos  estou a efectuar esforços para conseguir Feijoa, Maracujá, Acerola, Goiaba, Tamarilho e mais kiwis.

Por fim e  pelo meio do terreno, plantei alguns Chuchus, Inhame, espalhei várias sementes de horticolas perenes (Funcho, alcachofra, acelga e couves)


Leguminosas e fertilização de solos para floresta de alimentos

Por meio de nódulos que se formam nas suas raízes (sob a acção de uma bactéria denominada Rhizobium), as leguminosas têm grande capacidade de fixar o nitrogénio atmosférico no solo através do processo de simbiose entre as bactérias do género Rhizobium e as raízes das plantas. Na verdade é uma troca, a bactéria utiliza a seiva que passa pelas raízes e em troca fornece nitrogénio.  No local é formado um nódulo de identificação. Incorporar esta massa no solo em sistema de corte e cobertura,  vai melhorar a estrutura do mesmo e a disponibilidade de nutrientes para a cultura a ser plantada ou em conssociação.

Alfarrobeira (uma leguminosa)
Em todos os locais onde está a ser feita intervenção mais intensa, tenho espalhado muitas sementes de várias leguminosas.

Até agora já espalhei dois quilos de uma mistura de trevos (que são milhares, pois é semente minúscula), dois quilos de favas e ervilha de variedades mais rústica (fava do Algarve e ervilha de trepar normal). Por fim ainda comprei mais 4 quilos de ervilhaca.

Na primavera tenciono aplicar mais cinco quilos de trevo (é caro) e entretanto vou atirando para a terra restos que coisas que tenho em despensa à demasiado tempo neste caso foi grão de soja (não ogm) e um feijão indiano, de cor verde, ambas leguminosas também e o que nascer também irá cobrir e fertilizar o solo.



Se por acaso até forem vingando na zona de floresta de alimentos (onde atirei as sementes) e se auto propaguem em anos futuros… excelente!! Sinal de que está tudo a ser bem feito.


Swales


Swales
Swales são simplesmente altos (cômoro e vala) que são feitos de acordo com os contornos da terra (curvas de nível) . Porque não tem inclinação, muita da água que corre por eles, fixa-se e infiltra-se no solo. Forma-se assim um lençol subterrâneo de terra húmida debaixo dos swales, que pode suportar o crescimento de árvores e arbustos, aumentando a quantidade de água da chuva utilizada efectivamente em horticultura e florestação.
Os Swales são uma técnica excelente para armazenar a água da chuva. Captam o excesso na superfície, e enviam para os aquíferos  nutrindo as árvores e reduzindo a erosão. As zonas abaixo das swales são óptimas para fazer camas de cultivo muito férteis. E o melhor de tudo é que swales podem ser cavadas à mão, não custando nada.
No meu caso e pela grande quantidade pretendida e tempo reduzido disponível para o fazer, optei por utilizar um tractor com aivecas emprestado por um amigo e vizinho. Pode-se dizer que me custou 5 euros de gasóleo.

Neste contexto considera-se a execução de vários Swales em sistema de keyline, nas partes mais baixas do terreno que terão uma dupla função, contenção de aguas, nutrientes e matéria orgânica que actualmente são arrastadas pelas chuvas.

Neste caso os Swales destinam-se a servir de suporte a plantação de árvores que irão diversificar a paisagem e produzirem alimento e madeiras de qualidade paralelamente ao fomento da biodiversidade, aproveitando aguas e nutrientes arrastados nos solos e depositados nestes Swales.

Floresta de Alimentos em permacultura


http://cultivarbiodiversidade.blogspot.pt/2011/12/floresta-de-alimentos-em-permacultura.html

A floresta de alimentos em permacultura é um sistema de produção que utiliza a sabedoria inerente e milenar das florestas naturais pela nossa compreensão das relações benéficas que existem entre plantas e também outros organismos vivos, para criar e alimentar ecossistemas que cultivam alimentos para uso humano. Este método também é chamado floresta comestível, e jardins de design completo. Nos trópicos, as florestas de alimentos têm sido utilizados há mais de 1.000 anos. 

Como funcionam?

Estes sistemas estão sobretudo assentes nas práticas de "policultura" contrariando com as convencionais de produção em monocultura intensiva e química. Policultura resulta e baseia-se dinâmica da auto-organização de comunidades de plantas compostas de várias espécies. Nesta abordagem, as plantas são cultivadas em grupos, que apoiam uns aos outros através de várias funções diferentes. Guilds são um grupo de plantas e animais se relacionam em equilíbrio e harmonia e que também são benéficas para os seres humanos em simultâneo, criando habitat e alimentos para nós e muitos outros seres vivos.

Para perceber o conceito de uma floresta de alimentos, vamos analisar os tipos de relações que podem coexistir na relação com uma única árvore. Por exemplo, por baixo de uma macieira pde-se plantar trevo da pérsia e vermelho para ajudar a fixar o nitrogênio, que vai actuar como um reservatório dinâmico de nutrientes, torna-os disponíveis para outras plantas. Cravos tunicos, erva ciderira, alho e cebola podem ser cultivados nos espaços para repelir pragas indesejáveis ​​e controlar ervas na base da árvore. Todos trabalham em harmonia para beneficiar o outro, e  no final, a macieira beneficia com todos.

Embora nem todas as plantas sejam directamente comestíveis por seres humanos, todas podem ter algum tipo de efeito benéfico (atrair polinizadoresd, medicinais, tintureiras etc) e principalmnet, funcionam em conjunto para enriquecer  e regular os ciclos da natureza para criar uma saudável  paisagem florestal, produtora de alimentos em permacultura.

Razões para fazer esta opção?

Os benefícios da criação de uma floresta de alimentos permacultura são muitos! A mais óbvia pode ser que, se devidamente planejado, uma floresta de alimentos em permacultura praticamente produz e mantém-se fertil e saudavel sem grande intervenção. ao criar-se, também se cria um habitat para a fauna selvagem local, que faz controle de pragas, polinização e oportunidades de observação da vida selvagem. As florestas de alimentos em permacultura não requerem fertilizantes químicos ou pesticidas, pelo que produzem alimentos muito mais saudáveis

Os benefícios podem incluir outros produtos tais como fibras, combustíveis, adubos verdes, materiais para artesanato, alimento para animais domésticos e pode ajudar a reduzir o consumo de água no na quinta.

A sua terra é um reflexo da sua visão do mundo. Esta abordagem mais harmoniosa para alimentar as pessoas também fornece alimento para a terra pois permite que  para conseguir um meio de mais independência do mais destrutivo modernos métodos agrícolas, enquanto ao mesmo tempo, proporciona uma relação mais directa e profunda na compreensão da interdependência que é necessário para suportar toda a vida natural à superfície da terra, em que tudo está ligado de alguma forma.

Como se constitui uma floresta de alimentos em Permacultura?

 Embora todos os tipos relações e dinâmicas que acontecem na floresta de alimentos sejam diferentes, há certas partes e padrões que são encontrados e comuns a todos eles. Estes são baseados em observações de relações naturais encontrados dentro da floresta e dos sistemas florestais. Para começar, a maioria dos habitats da floresta têm algumas das seguintes estruturas que funcionam em diferentes níveis: 
  • um estrato formado por árvores de grande porte, 
  • um estrato de árvore de pequeno porte e grandes arbustos, 
  • um estrato de pequeno arbusto, 
  • um estrato herbáceo, 
  • uma estrato de solo fértil com muita matéria orgânica em decomposição
  • muitas vezes algum tipo de e plantas trepadeiras que crescem verticalmente.
Estas plantas não só crescem em diferentes níveis acima do solo, mas também têm raízes que atingem diferentes profundidades e, portanto, não só minimizam a concorrência, mas também ajudam-se mutuamente a nutrir entre si.



Há muitas combinações de plantas que poderiam ser usados ​​para criar uma floresta de alimentos. 

Para o Estrato superior,  pode-se plantar árvores frutíferas, como maçãs, pêras, pêssegos ou produtores de frutos secos, como nozes, avelãs, castanhas, amêndoas. Entre estas podem crescer variedades de árvores pequenas de frutas como ameixas, nectarinas, maçãs e cerejas. Em seguida, entre estas ultimas podem ser plantados arbustos como avelã, amora, framboesa, groselha, physalis, kiwi, medronho e uvas. 

 Para cobertura geral do solo usam-se trevos vermelho e branco, tremoço, feijão frade, grão de bico, favas e morangos. Como para plantas trepadeiras plantam-se ervilhas, feijões e outros que irão enrolar nos troncos das árvores.

Plantas como o alho, a cebolinha, narcisos, jacintos e cravos tunicos plantam-se em torno da base da árvore para suprimir a erva e repelir pragas em potencial. Milefólio, chicória, consolda, são todos os acumuladores grande dinâmica para ajudar o crescimento das plantas e árvores ao seu redor. Trevos, as ervilhas, feijão, tremoço e outros membros da família das leguminosas fixadoras de nitrogênio são óptimas, tornando o azoto existente no ar e no solo acessível às árvores e plantas ao redor. Plantas, tais como alcachofras, consolda e bardana são muito boa cobertura de solos e acontece terem igualmente partes comestíveis. è igualmente importante considerar também arbustos  e pequenas árvores fixadoras de nitrogênio, como a alfarrobeira, crataegus e várias espécies de eleagnus, que produzem frutos comestíveis em simultâneo.

Como começar?
Para começar deve primeiro observar muito bem as condições no local que deseja criar uma floresta de alimentos. Pergunte-se:
  • O que já existe?
  • Que tipo de solo temos? Qual é o pH?
  • Que tipo de plantas se adaptam bem ao clima, geografia e solos existentes?
  • Que tipo de árvores e plantas gostaria de ter na floresta de alimentos permacultura?
  • Qual a exposição solar em diferentes períodos do dia e durante diferentes estações do ano?
  • Quais as áreas disponíveis ?
  • Existem áreas mais húmidas e mais sombrias no local? O que poderia crescer melhor lá?
  • Existem áreas mais ensolaradas e secas no local? O que poderia crescer melhor lá?
  • Se plantar uma árvore alta aqui, vai ensombrar outras plantas que precisam de muito sol?
Caso todas estas questões sejam demasiado complexas ou inacessíveis para si, talvez seja melhor nesta fase inicial contactar um facilitador em Permacultura que ajude nesta primeira abordagem e lhe ensine como encaminhar o processo

Plantação de árvores nas charcas construídas

As espécies de árvores plantadas em redor:

Aproveitando a abertura dos lagos novos na quinta (postagem anterior), que criam disponibilidade de  vários locais de maior humidade e frescura, fiz logo durante Novembro e Dezembro 2012, a plantação de muitas árvores diferentes em redor dos mesmos lagos. 
Isto com a intenção de criar bosquetes frondosos, que irão  beneficiar o espaço e seus habitantes, com todas as vantagens e mais-valias que trazem as zonas húmidas nos ecossistemas naturais.

Carvalho Negral
Neste caso eu optei por utilizar espécies florestais nativas, porque tenho muita área disponível e as zonas de produção estou a fazer experiências em zonas especificas, no entanto, o que poderá ser muito interessante e benéfico, é plantar nos arredores destes lagos espécies frutícolas variadas e divididas entre árvores fruteiras e arbustos de bagas, podendo ainda serem misturados alguns arbustos aromáticos, ocupando assim os vários estratos aéreos e subterrâneos.

Mas neste caso foram estas as espécies que plantei.




Choupo negro (Populus nigra)
Choupo branco(Populus alba; tremula)
Salgueiro (Salix atrocinerea)
Ulmeiro (Ulmus caprinifolia)
Freixo (Fraxinus angustifolia
Cipreste dos cemiterios (Cupressus sempervirens)
Medronheiro (Arbutus unedo)
Carvalho cerquinho (Quercus faginea)
Carvalho negral (Quercus pyrenaica)
Oliveira (olea europea)
Aderno bastardo (Phylirea latifolia)
Pinheiro manso - (Pinus pinea)
Sabugueiro (Sambucus nigra)

No lago 1 também plantei bambus por ser junto da horta e querer atrair mais aves para ali, algo a que os bambus se prestam.


Salgueiro
Agora o mais especial será ir observando como todo este processo irá evoluindo. As margens dos lagos serem recobertas com erva e a forma como as inúmeras espécies de ervas se irão sucedendo e interagindo, até formar a associação perfeita (o que poderá demorar alguns anos, pois depende também do crescimento das árvores).

Mas principalmente  para mim, ver agora aquelas árvores a crescer e mimar para que fiquem vigorosas é uma fonte de prazer que me preenche por completo.

O meu maior problema quando planto árvores, é que já as estou a ver como serão com 50 anos ou mais, e  é nisso que irei ajudar que se tornem o mais breve possível  até porque não irei viver ais cem anos e ainda quero ver aquele espaço como o imagino e estou a moldar.

EXTRAORDINARIAMENTE BELO E RICO....


Construção de charcas para biodiversidade

Neste terreno tem duas características, das quais devo começar a tirar melhor proveito.

O lago antigo
Dispõe de capacidade de receber grande quantidade de água,  quer pela acumulação, quer em virtude de a maior parte da quinta se situar numa zona plana  e baixa. 

Em segundo, o espaço aberto e ainda disponível para novas instalações, que com um pequeno investimento, se pode em muito incentivar a biodiversidade e capacidade produtiva dos solos a médio prazo.


Para o efeito de fixar e reter mais águas no terreno, decidi escavar 4 novos lagos, a adicionar ao que já existe e que fiz logo no inicio de ter comprado terreno, dez anos atrás.

Foi escolhido especialmente o mês de Setembro, pois o terreno ainda está seco e fácil de trabalhar com a retro-escavadora e sem deixar marcas. Por outro lado a vegetação ainda está seca e não será afectada, pelo que, após as primeiras chuvas, logo começou a encher a charca e com a erva a nascer em todo o redor, de tal modo que neste momento já nada se nota no terreno.
O lago novo nº1 junto a futura horta
Ficaram em média com uma área de 20 m2 e capacidade para 20 000 litros água. Não muito profundos e com bermas pouco inclinadas, para permitir a fixação de plantas aquáticas e utilização pelos animais selvagens.

A construção das quatro charcas custou-me cerca de 150 euros, no aluguer do serviço da máquina, o que, se for a ver, não é nada como investimento, em função dos inúmeros benefícios que irão proporcionar. Além de que estes referidos benefícios irão sempre aumentando mais, à medida que os anos forem passando.

É um excelente investimento!

O lago nº 2 na zona central do terreno e perto da
vala que o poderá alimentar no verão
Estes lagos vão albergar espécies de fauna como guarda rios, cagados, vários anfíbios e insectos, servirão de ponto de comida e água para muitas aves, mamíferos e repteis e todos ali na quinta ficarão felizes coma  sua existência.


Para alem da fixação da água, estes lagos, em desenho de boa localização, irão gradualmente influenciar o clima da do terreno na época quente, para criar mais frescura. 

Por outro lado estas acumulações de água permitem plantar com sucesso outras espécies de árvores e arbustos, sendo que a vegetação natural de zonas mais húmidas irá beneficiar pois dispõem de mais locais de fixação. 

O lago nº2 já cheio em finais novembro
Também toda a fauna selvagem irá beneficiar imenso desta acção pois para além de ser mais fácil e frequente o abastecimento de água para beberem, as plantas e ecossistemas novos suportarão mais bagas, insectos, roedores, etc, como presas e alimento.

Por fim e na perspectiva do paisagismo e da beleza estética do espaço, o potencial eleva-se muito, especialmente se integrado num palno de perspectiva e planeamento mais global, a curto, médio e longo prazo


Contraste da vida de Lisboa e meio rural

Uma coisa que encontro engraçado de partilhar, porque também é engraçado constatar.

A minha família continua ainda em Lisboa, por razões de continuidade da escola do meu filho e carreira profissional da sua mãe. Por essa razão venho cá frequentemente passar alguns fins de semana.

O curioso é a forma como a minha forma de ver e sentir a cidade vai mudando.

  • Não sinto a mínima saudade nem falta da cidade.
  • Os cheiros começam a ser incomodativos, desde os horríveis escapes automóveis, até aos perfumes activos com que muitas pessoas se encharcam e que me deixam agoniado.
  • O barulho é ensurdecedor, sendo o som quase continuo das sirenes, absolutamente irritante, exagerado e insuportável.
  • É difícil encontrar beleza neste espaço, estando a ficar habituado à visão dos grandes espaços e horizonte.
  • O Sol que quase não chega às ruas.
  • A imensidão de pessoas que circulam apressadas como formigas. Este elemento deixa-me completamente confuso e desorientado.  Incrível a constatação de um local, onde por metro quadrado existe uma enorme densidade de pessoas, contrastando com o local onde estou, onde numa área do tamanho da grande Lisboa, existem no máximo uma 50 pessoas.
  • A falta de sentido que esta forma de viver começa a ter, sendo por vezes muito estranho observar os hábitos e tiques dos locais.
  • A constatação de que o estado de espírito dos Lisboetas anda muito em baixo, muitos poucos sorrisos, pessoas muito alienadas como  que a viver em mundos paralelos.
  • Uma certa impaciência por achar aborrecido e entediante estar aqui, sem nada de muito interessante para fazer ou ver (faça-se excepção a alguns eventos artísticos e culturais.


No final e concluindo: Se sinto falta da cidade ou me arrependo da decisão?

NEM UM BOCADINHO

O envolvimento social



Acerca de um comentário colocado por um leitor, surge pertinente questionar a eventual situação de isolamento, ou não, de uma iniciativa deste tipo.

No meu caso volto para uma região que já conheço  e por isso, se precisar, tenho o contacto com outras iniciativas que já existem localmente e no mesmo âmbito.

Assim e paralelamente,  proponho-me também algumas iniciativas de dinamização social e também de mobilização de esforços conjuntos com outros agentes locais.


Por outro lado e muito importante, é a minha colaboração com o festival Boom, que se assume actualmente como um pólo de dinamização de iniciativas locais (nacionais e internacionais também) para a sustentabilidade e vida rural ecológica, pelo que inclusive, estão a preparar contextos para disponibilizar todo um serviço de apoio a pessoas que se queiram fixar na região, criando para tal todo um conjunto de incentivos a fixação de população e iniciativas, desde o apoio técnico na implementação de agricultura, e sistemas em Permacultura e inclusive uma bolsa de terrenos disponíveis para venda, apoios oficiais, etc.


Concluindo, a minha visão é de que, num contexto das actuais realidades sociais e culturais, é fundamental fornecer aos interessados, algo que os livros e a tecnologia não podem – a aprendizagem experiencial. Se conseguimos projectar os modelos para que crianças e adultos conectem directamente com a natureza e os sistemas vivos, integrando essa experiência na atitude, estaremos a educar a geração actual e seguinte, que encaram ambientes sustentáveis mais como um ponto de partida do que uma mera possibilidade.

Passos a dar

  • Produção de todo um programa de actividades multidisciplinares e interligadas, desenvolvidas com o objectivo principal de criar nos utilizadores e/ou visitantes, a sensação de contacto com uma cultura ainda viva que na sua dinamização e apresentação, privilegia a relação de respeito e afectividade entre natureza e humanidade. A sensibilização e educação para o ambiente e sustentabilidade.
  • Estimulo da criatividade, numa perspectiva de interacção, de modo a conseguir a valorização, promoção e sensibilização para estes três factores, e também para o que são as nossas raízes culturais.
  • Fortalecimento da consciência crítica do indivíduo e em consequência da sua atitude participativa na sociedade
  • Divulgar as temáticas ambientais da actualidade, disponibilizando informação, recursos educativos e actividades aos visitantes, incrementando a sua literacia ambiental;
  • Envolver a comunidade num processo de reflexão participada e consciente sobre os problemas ambientais locais e respectiva proposta de soluções, rumo ao exercício de uma cidadania efectiva;
  • Promover a aquisição de novos valores, atitudes e comportamentos face ao meio envolvente e o desenvolvimento de competências ambientais;
  • Incentivar a adopção de estilos de vida mais saudáveis e padrões de consumo mais sustentáveis, promovendo o aumento da qualidade de vida.
Este é o modelo e forma da iniciativa, mas respondendo á pergunta do leitor:

Fazer a mudança sozinho ou em conjunto?
Em conjunto é muito mais vantajoso e fácil, claro, salvaguardando que a gestão das relações humanas a médio-longo prazo, por si só, pode ser um dos maiores desafios de iniciativas para a mudança para o campo. Em grupo...

A convicção


Importante referir, que o espaço e respectiva intervenção, estão pensados num contexto de resultados a médio-longo prazo, uma vez que o objectivo é ter a quinta como uma espécie de plano de reforma. Tenho 44 anos (quase 45) e a actual contexto sócio-económico do pais e do mundo, para além de estar em falência, entendo da minha parte que a principal falência que se constata é a da falência e crise de modelos.

Este modelo actualmente vigente já deu o que conseguia e há 20 anos que o encaro como num coma, pois tenho tido sempre a convicção que não era de todo sustentável e tenho vivido de acordo com esta perspectiva e visão, procurando sempre conhecimentos modelos e iniciativas alternativas, sendo que a maioria tem a ver com formas ancestrais de vida e mais recentemente com o adquirido conceito da Permacultura.

Ou seja, é ali que está a reforma que já não terei de nenhum outro lado.

Quero que daqui a uns anos, aquela quinta seja um espaço belo por um lado, mas também riquíssimo em produção (na maioria espontânea  de uma profusão de alimentos, matérias primas e recursos em geral, de modo a que tenha ali o essencial  que necessitamos na velhice (alimento, habitação, vida saudável e paz).

Por outro lado, encaro a quinta como propriedade e herança do meu filho de actualmente 10 anos. Aquilo há-de dar para sermos felizes e satisfeitos ali.

A condição do espaço


Esta quinta é um espaço junto ao rio Ponsul, com maioritariamente terrenos de aluvião, profundos e férteis, sendo a maioria plano e com uma zona de socalcos construídos já longos anos atrás.
Noutro contexto irei falar de como desenhei o espaço e concebi o ordenamento e planeamento do mesmo em termos de utilização de solos e recursos naturais.

Entretanto este espaço sofreu várias agressões traumáticas



  1. um incêndio em 2011 que queimou a maior parte da propriedade.
  2. Uma lavoura agressiva não autorizada por uma pessoa a quem cedi o terreno e que por ausência minha cultivou milho sorgo intensivo, degradando a fertilidade e estrutura dos solos
  3. Uma geada tardia em abril de 2006 que afectou muito as laranjeiras existentes no terreno (um total de 60, de grande porte).
  4. Também durante os últimos 7 anos o terreno tem sido percorrido por ovelhas que limitaram muito a regeneração da vegetação (principalmente as laranjeiras afectadas, assim como muitas árvores que tenho vindo a plantar).
Portanto e para tarefa e missão em que decidi como meta tornar este local produtivo, rico em biodiversidade e muito belo, tenho à partida 3 grandes pilares a contornar.
  1. Gestão da regeneração da vegetação no pós-fogo
  2. Melhorar as condições ecológicas, tanto para biodiversidade como fertilidade
  3. Reconverter todo o espaço a produção agrícola num plano de Permacultura.
Assim, irei aqui descrevendo o trabalho feito, de acordo com estas 3 vertentes principais de actividade.