Plante uma semente de árvore

Plante uma semente de árvore para ajudar a resolver o impasse da nossa sobrevivência no planeta


É uma pequena coisa, mas, possivelmente, o mais grandioso gesto que pode fazer hoje...ou amanhã ...
Plante uma semente de árvore.

Pode ser uma semente de uma maçã, uma semente de um carvalho ou uma semente alada de um Acer - Pode até entusiasmar-se e recolher num campo, avenida ou parque, um pacote de sementes de uma árvore, se quiser.

E as melhores sementes - aquelas com maior hipótese de crescer  e ter uma  longa vida - são as sementes das árvores que crescem naturalmente onde vive, pois estão particularmente adaptadas às condições existentes.

 Mas onde fazê-lo?

No lado do lado da rua, no seu jardim do bairro, no parque, num passeio ao campo ou ao lado de um bosque ... em qualquer lugar onde haja espaço e luz. Então tudo que  tem que fazer é curvar-se, empurrar o dedo indicador no solo com a profundidade de cerca de dois centímetros - ou usar uma caneta ou pequeno pau - e colocar as sementes dentro.  Tapar ligeiramente e já está.
Deu um passo, numa acção que ajuda o nosso único planeta - o planeta que dependemos Parece e é um acto muito simples.
 Um pouco mais complexo (mas também a parte mais interessante da historia, será começar a conhecer as árvores autóctones (naturalmente indígenas) da região, os seus hábitos, necessidades, etc. Quando aqui chegar começa a descobrir um fascinante mundo, tão diferente e inalcançável para nós. No entanto tão próximo e ligado. Se aqui chegar nunca mais verá as árvores da mesma forma.
A sementeira é tão fácil. E se isso o fez sentir bem, vá fazê-lo novamente!

Sempre que se sinta abatido ou um pouco em baixo, ou mesmo apenas para só pelo prazer pessoal ou altruísmo pela terra, e quer fazer um pouco para ajudar o planeta, instale uma semente num buraco da próxima vez que sair.
Não é apenas a semente que plantou na terra, é algo que plantou na própria mente.

A ideia, o pensamento, talvez a esperança de que pode fazer algo para salvar este planeta. Que pode ajudar a manter a majestade da vida tal como a conhecemos.

Fazer pequenos gestos pode fazer alcançar grandiosos feitos.

A própria semente que plantou no solo é a prova disso.
Um exemplo vivo de como a partir de coisas pequenas, coisas ainda maiores podem surgir e crescer.

Você pode salvar um planeta? Sim, pode.
Por que as árvores são importantes?
Árvores evitam a erosão do solo, são bastante vitais na manutenção e regulação dos ciclos da água, ajudam na controlar o aquecimento global, usando o dióxido de carbono na fotossíntese, afectam-nos psicologicamente de forma positiva e construtiva, etc, etc, etc.

Portanto, é bastante assustador que nos últimos 50 anos, em cerca de metade do mundo, a cobertura florestal original foi perdida.

Leia mais sobre a razão das árvores e as florestas serem tão importantes para a vida na Terra ...

No entanto tenha atenção com pequenos detalhes importantes para que a acção tenha resultados no tempo. Lembre-se - a sementeira de árvores é para o futuro.
Então, quando  planta a sua semente faça o exercido de imaginar como será quando crescer.
Será que vai causar problemas a alguém? Será que pode ter hipóteses de permanecer ou sobreviver ali?
Afinal, em poucos anos, ninguém gosta que outro vá cortar o que com tanto cuidado e intenção foi semeado. Basta plantar outra semente, mas talvez num local diferente.

Sempre adorei a imagem de uma das historias do Astérix que me fascina "o domínio dos deuses" em que bolotas banhadas na famosa poção mágica crescem instantâneamente. Faço sempre esse exercício de imaginação cada vez que atiro uma bolota para a terra. è fantástico vermos numa pequena semente o grandiosos e majestosos ser em que se irá transformar.

Durante os últimos 20 anos tenho feito este exercício onde quer que vá, e hoje já reconheço algumas amigas que ajudei com o meu incentivo. É bom e gratificante, ajuda a dar algum sentido às coisas.

Tome uma atitude! Sempre!

Transformar os Residuos em Criatividade



Na actual sociedade os resíduos são uma das grandes preocupações de qualquer gestão pública.
Apesar de corresponderem a apenas 1 por cento da área total do País, os municípios de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira são responsáveis pela produção de 750 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) por ano, quase um sexto de todo o lixo doméstico produzido em Portugal.
Números que numa perspectiva de “pensar globalmente e agir localmente”, não podem ser desprezados, tanto pelas implicações ambientais, como numa perspectiva de procura de novas soluções para reduzir o impacto e também dos custos de gestão.
Este projecto no seu todo pretende ser um contributo, ainda que pequeno, para encontrar algumas novas soluções e abordagens.


Os Movimentos


Respigadores
Respigar, tal como é descrito no dicionário, significa apanhar os restos após a colheita de cultivo. Se antigamente era uma prática comum, o aparecimento de maquinaria agrícola mais eficiente e menos selectiva, vieram substituir este hábito. Mas existem ainda respigadores, quer no meio rural quer no meio urbano que o fazem por necessidade, prazer, hábito cultural (transmitido de geração em geração), gestão económica ou por preocupação ética.
Algo que ficou para trás e que alguém não quis mais. Por ano, milhões de toneladas de alimento são deixadas pelas máquinas e respigadas, milhões de imagens passam, milhões de vida seguem, milhões de boas ideias se perdem. Não há qualquer demérito nisso. É uma interessante lei social.
Os respigadores actuais, uma vez alterada a ordem dos sistemas e culturas agrícolas, ganha mais relevo nas culturas urbanas, onde o desperdício é também imenso e na maioria dos casos, um problema para os órgãos de gestão, que se vêem obrigados a encontrar destino para milhões de toneladas de moveis, utensílios, restos de obras, industrias, oficinas, e muitas outras actividades económicas ou domesticas.
Recentemente, num contexto internacional, tem surgido um movimento denominado chamado freegan, que alerta para o desperdício que existe no nosso planeta, adoptado por pessoas conscientes de todos os estratos sociais.

O Upcycling


Upcycling é o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. Utiliza materiais no fim de vida útil na mesma forma que ele está no lixo para dar uma nova utilidade. Ao contrário da reciclagem, que usa energia para destruir a forma e então transformar em algo novo.





Reine Pilz da Pilz GmbH, em 1994 foi o primeiro a usar o termo.


"Reciclagem", disse, "Eu chamo downcycling. No processo partem tijolos, cimento, tudo em geral. O que precisamos é de upcycling, onde é dado mais valor aos produtos antigos e não menos". Desesperado com a situação alemã quando se lembra do fornecimento de uma grande quantidade de blocos de madeira recuperada de um fornecedor inglês para um contrato em Nuremberga, enquanto logo ali, abaixo da estrada uma carga de blocos semelhante foi desmantelada. "Em estradas próximas estava o resultado da reciclagem de resíduos de demolição dos alemães. Era um amontoado rosado de tijolo artesanal, azulejos antigos e peças antigas de utilidade misturados com betão esmagado. É este o futuro da Europa?"


O termo upcycling também foi usado por William McDonough e Michael Braungart em seu livro Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things, de 2002. Eles afirmam que o objectivo do upcycling é evitar desperdício de materiais potencialmente úteis, fazendo uso dos já existentes. Isso reduz o consumo de novas matérias-primas durante a criação de novos produtos. Reduzir o uso de novas matérias-primas pode resultar em uma redução do consumo de energia, poluição do ar, poluição da água e até as emissões de gases de efeito estufa.


Upcycling é o oposto do downcycling, que é a outra metade do processo da reciclagem. Downcycling envolve a conversão de materiais e produtos em novos materiais de menor qualidade.


Por exemplo, durante o processo de reciclagem de plástico, excepto os usados para criar garrafas, diversos tipos de plásticos são misturados entre si, resultando em um híbrido. Este híbrido é usado em aplicações de madeira plástica.


O crescimento de utilização do processo de upcycling deve-se à sua actual aceitação comercial e os custos reduzidos de materiais reutilizados.







Como verificar os rótulos das embalagens de produtos alimentares

Quando vai às compras, começa por ler a informação nutricional que vem escrita nos rótulos e acaba por desistir?

Nem sempre é fácil decifrar o que vem lá escrito.
Uma leitura correcta dos rótulos é, hoje, uma ferramenta indispensável aos bons hábitos alimentares. Quer-se por conseguinte, uma interpretação fácil, rápida e clara.

Então como pode decifrar um rótulo alimentar?

Comece por verificar a lista de ingredientes do produto, referidos em ordem decrescente de peso, isto é, do que está em maior quantidade para o que está em menor. Assim, se o açúcar, a gordura ou o sal forem dos primeiros da lista de ingredientes de um alimento, deve moderar o seu consumo. Atenção que o açúcar pode estar descrito como maltose, dextrose, xarope de glucose ou açúcar invertido e a gordura como óleos ou outros.De seguida deve dar importância à indicação do valor calórico do alimento, por 100 gramas ou por porção. Compare a porção que consome e a porção que é descrita na embalagem. Por exemplo, se numa embalagem de bolachas a porção se referir a uma bolacha e se comermos 3, não podemos esquecer que o valor apresentado na tabela terá que ser multiplicado por 3.

Deve verificar a gordura. Quanto menos gordura saturada e hidrogenada ou trans tiver, melhor. Privilegie produtos isentos deste tipo de gordura.

Verifique também a quantidade de hidratos de carbono. Prefira alimentos ricos em amido e pobres em açúcar, como é exemplo o pão, e assim ficará saciado durante mais tempo.

Outro aspecto importante, na leitura dos rótulos, é a indicação das percentagens. O que é que isso significa? É a percentagem que cada nutriente atinge da sua dose diária recomendada. Por exemplo, um determinado produto alimentar apresenta na sua rotulagem 20% de vitamina E, ou seja, ao consumirmos uma porção daquele alimento é fornecido 20% das necessidades médias diárias desta vitamina. Portanto, deve comer mais alimentos ricos em vitamina E ao longo do dia, para que possa atingir 100 % das necessidades diárias desta vitamina.

Agora, falemos de prazos de validade. Podem apresentar-se sob 2 formas: “Consumir até”, utilizado quando os alimentos se deterioram rapidamente (exemplos: carne, ovos e lacticínios). Todos os produtos frescos embalados têm um período de validade curto e não devem ser consumidos após a data indicada na embalagem, pois existe o perigo de intoxicação alimentar. Por exemplo: um queijo fresco é um alimento perecível, devido ao seu alto teor em água é propício ao desenvolvimento de bactérias prejudiciais para a saúde; “Consumir de preferência antes de”, utilizado em alimentos que possuem uma durabilidade maior (por exemplo, cereais, arroz, especiarias). Não é perigoso consumir um produto após esta data, mas o alimento pode ter começado a perder o seu sabor e a sua textura.

À semelhança do que se faz quando comparamos os preços de produtos semelhantes, opte também por comparar os diversos constituintes entre si. Gaste alguns minutos e analise a rotulagem e não se deixe seduzir por embalagens coloridas, sem antes fazer uma correcta análise do produto. Por exemplo, existem cereais de pequeno-almoço cujas embalagens são muito apelativas ao consumidor mas, ao analisar o seu rótulo, constata-se que o segundo, ou terceiro, ingrediente mais presente naquele produto alimentar é o açúcar.

Apraz referir que não existem géneros alimentícios bons nem maus. Devem ser consumidos de acordo com a quantidade adequada e de acordo com a sua finalidade. Nunca se esqueça que a sua alimentação deve ser completa e equilibrada, alicerçada em variedade.

Extraido de Stop cancer Portugal
http://www.stopcancerportugal.com/2010/09/20/decifrando-as-embalagens/

Alimentação saudável no trabalho

Muitos países estão apostando suas políticas em alimentação saudável para melhorar o nível de vida de sua população. Especialmente as nações em desenvolvimento, que estão em busca de estratégias preventivas para evitar as epidemias de obesidade, diabetes e doenças crônicas que já pesam na produtividade e redução de vida nos Estados Unidos.
A alimentação saudável pode devolver as taxas de diabetes tipo 2 de volta ao seu nível histórico de cerca de 0% em países como os EUA, com nível atual de 8%, e México, onde 12% da população tem diabetes, até agora a principal causa de morte no país.

Porém, para a maioria dos adultos, o café da manhã é uma mancha na memória, o trabalho, uma prisão desprovida de escolhas alimentares saudáveis, e o jantar uma correria. Então, quando e onde eles podem comer as recomendadas cinco porções ou mais de frutas e vegetais por dia?
A chave é justamente os almoços saudáveis no trabalho. Em quase todos os países, muitos trabalhadores enfrentam o mesmo problema: falta de acesso a alimentos decentes no trabalho. Se há uma lanchonete, normalmente ela não serve comida saudável, ou é cara, ou os dois. A maioria dos restaurantes próximos ao trabalho é tipicamente da variedade “fast-food”.

É por isso que nutricionistas da Universidade de Antioquia têm instituído diversos programas de alimentação aos trabalhadores em cidades com mais de três milhões de habitantes.

Um destaque é o café em uma fábrica de montagem da Renault, no qual são servidos aos trabalhadores uma oferta equilibrada de arroz, feijão, sopas, carnes e seleções amplas de vegetais crus e cozidos.

Segundo os pesquisadores, a Renault observou uma melhora quase instantânea nos perfis de saúde dos trabalhadores em termos de peso, colesterol e outras medidas metabólicas.

A solução proposta pela Renault é interessante. Da mesma forma, na Europa, onde o espaço é limitado e lanchonetes podem ser raras, os empregadores muitas vezes oferecem vales refeição para que os trabalhadores possam ir a um restaurante local e comer uma refeição balanceada que corresponde ao valor do vale.

Em Singapura, onde empresas de pequeno porte abundam – pequenas demais para oferecer um refeitório para os trabalhadores – os empregadores constroem uma cozinha para permitir que seus empregados cozinhem ou aqueçam alimentos de casa. Na China e em partes da África, empresas com poucos recursos muitas vezes tem um cozinheiro que prepara uma refeição saudável simples aos trabalhadores.

Estes são exemplos de empresas, se não nações, que compreendem as implicações a curto prazo (intoxicações alimentares) e a longo prazo (obesidade, diabetes, doenças cardíacas e câncer) de uma alimentação não saudável. A boa comida torna-se um investimento em saúde, segurança e produtividade, ou então, no futuro, todo o país pagará muito mais caro.

Nunca é tarde demais para comer melhor, no entanto. O próprio México aprovou em abril uma lei que oferece incentivos fiscais para empregadores que oferecem aos seus trabalhadores melhor acesso a alimentos saudáveis.

Segundo os pesquisadores, quando a maioria de nós passa metade do dia no local de trabalho e faz uma ou duas refeições lá, é essencial que os países e empresas se conscientizem da importância das políticas de alimentação saudável.

[LiveScience]

( Extraido de hype science por Natasha Romanzoti)

As plantas têm um papel maior do que o esperado, na limpeza da atmosfera

Isabel Palma (22-10-10) (Texto extraido de Naturlink)

Uma investigação realizada nos Estados Unidos demonstrou que o papel das plantas na limpeza da atmosfera é maior do que o esperado. Esta absorção de compostos químicos está relacionada com um metabolismo complexo que ocorre nas plantas, quando estas estão sujeitas a factores de stress. 
A investigação realizada por cientistas do Centro de Investigação Atmosférica (NCAR) demonstrou que as plantas absorvem mais poluentes atmosféricos do que inicialmente se previra.
A equipa de investigadores focou-se num grupo de moléculas conhecidas como COV (Compostos Orgânicos Voláteis) que têm origem em fontes naturais e nas actividades humanas. Estes compostos têm impactes negativos a longo prazo na Natureza e na saúde humana.

“Houve grandes progressos na compreensão das interacções existentes entre as plantas e a atmosfera” refere Anne-Marie Schmoltner da NSF, que financiou a investigação.
Pela medição dos níveis destes químicos (COV) em vários ecossistemas os investigadores determinaram que as plantas de folha caduca parecem estar a eliminar estes compostos a uma taxa quatro vezes maior do que o esperado. Esta absorção é especialmente mais rápida na cobertura das florestas densas, que representam cerca de 97% da absorção total destes químicos.
As plantas para se protegerem de substâncias irritantes e repelir invasores como os insectos, produzem compostos químicos para se protegerem. Mas, quando estes compostos são produzidos em excesso podem tornar-se tóxicos para a própria planta. Para evitar este efeito, as plantas aumentam a produção de enzimas que diminuem a toxicidade destas substâncias. Durante este ciclo, há absorção de mais COV, que são também metabolizados por estas enzimas.

“ Os nossos resultados mostram que as plantas podem ajustar o seu metabolismo e aumentar a absorção de químicos atmosféricos como resposta a vários tipos de stress” refere Chhandak Basu, da Universidade do Colorado do Norte, co-autor do estudo.

Ao colocarem esta informação num modelo que simula os químicos na atmosfera, os resultados indicaram que, a nível mundial, as plantas estão a retirar cerca de 36% mais COV que o esperado. Este processo metabólico complexo dentro das plantas apresenta o efeito secundário de limpar a nossa atmosfera.

Razões para consumir biológico


1 – Qualidade nutritiva, pois os produtos de agricultura biológica, têm mais vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas, ou seja, mais nutrientes em geral.

2 – Não têm qualquer tipo de aditivos, pesticidas, ou adubos sintéticos, deste modo são altamente benéficos para a saúde e muito especialmente para o equilíbrio e sanidade dos recursos Naturais. Sabe-se sobejamente também, que a ingestão de produtos químicos da agricultura está bastante relacionada com a existência de várias doenças graves actuais (e menos graves) .

3 – São fomento á Biodiversidade, equilíbrio e manutenção dos ecossistemas Naturais– A Agricultura Biológica pelas suas técnicas e filosofia, é benéfica para a diversidade, quer agrícola, quer Natural. Tem um importante contributo para o controlo do aquecimento global, por usar menos energia e prescindir de práticas e sistemas industriais nocivos.

4 – O sabor– Ao manter as caracteristicas das variedades locais, a sanidade e fertilidade dos solos e da água e também pelo modo de produção mais natural, os alimentos mantêm muito mais sabor e aroma do que os produtos provenientes da agricultura convencional.

5 – Nos produtos de origem animal são respeitados quer o equilíbrio psicológico dos mesmos, as qualidades da alimentação e sobretudo, as condições em que são criados. que se pretende sejam o mais próximo possível das condições Naturais.

6 – Fomento do desenvolvimento das zonas rurais e da sustentabilidade da economia dos mesmos, pois ao criar alternativas reais de trabalho e formas de economia local, contribui-se inevitavelmente para a fixação das populações rurais, sobretudo por ser a agricultura biológica mais exigente e absorvedora de mão de obra humana, por tentar ao máximo ser menos mecanizada.

7 – Benéfica para a água, quer pela não contaminação dos lençóis freáticos, como pelo esforço técnico de reduzir os consumos necessários ás culturas. Por outro lado e numa abordagem paralela, a própria gestão da paisagem e de cobertura e protecção natural de solos, tornam mais eficiente os sistemas de aproveitamento e retenção natural da água.

8 – Promove a Educação e Sensibilização Ambiental pela transmissão de conhecimentos, interesse e sensibilidade por parte da população, acerca dos processos naturais e do ambiente em geral, incentivando à cidadania participativa, esclarecida e consciente, que no seu dia a dia e hábitos quotidianos, estão contribuindo para a preservação e utilização sustentável dos recursos do planeta.


9 – Certificação e acompanhamento das produções– Os produtores seguem regras definidas e estabelecidas, havendo um controlo e também acompanhamento técnico, oferecendo aos consumidores uma garantia da qualidade dos produtos.

10 – Ausência de OGM, pois os organismos geneticamente modificados não são permitidos no modo de produção da agricultura biológica.




PROPRIEDADES ALIMENTARES DE HORTÍCOLAS


Couve-Repolho (Brassica oleracea)
Cabbage

Vegetal muito utilizado em sopas, conservas, acompanhamentos, massas, etc. Cozinhada ou em saladas. Como se conservava facilmente, foi um vegetal particularmente utilizado antes da invenção da refrigeração como meio de conversação de alimentos frescos. Cultura e colheita entre os meses de Outubro e Maio.


Couve-Bróculo (Brassica oleracea)
Brocoli

Originária da Europa, a Couve-brócolo tem um importante uso na medicina tradicional, graças ao seu elevado teor de cálcio. É um bom construtor e formador dos ossos e dos dentes. Ajuda a evitar o cancro da próstata se consumido pelo menos três vezes ao dia. Cultura e colheita entre os meses de Outubro e Maio.


Couve-Flor (Brassica oleracea)
Cauliflower

Originária da Ásia Menor, foi levada para a Europa no começo do século XVI. É reguladora do trânsito intestinal pela grande quantidade de fibras, sais minerais, cálcio, potássio, enxofre, sódio, fósforo, magnésio, ferro e vitaminas. É indicada para quem segue uma dieta saudável. Cultura e colheita entre os meses de Setembro e Maio.


Rabanete (Raphanus sativus)
Ratish

É fonte de vitamina C, niacina e cálcio, fósforo e ferro. Cru e bem lavado, o rabanete limpa os dentes. É expectorante, estimulante da digestão, purificador do sangue, dos rins e da bexiga. Cultura e colheita entre os meses de Outubro e Maio.

Nabo (Brassica rapa)
Turnip

Não se sabe a origem mas era um alimento comum entre os gregos e os romanos. Refrescante, rico em nutrientes e fácil de preparar, cru ou cozido. As folhas do nabo são ricas em vitaminas A, B, C e suas fibras contribuem para regularizar o funcionamento intestinal. Cultura e colheita entre os meses de Outubro e Maio.



Rucula (Eruca sativa)
Arugula

Possui um sabor muito forte, picante e amargo, originária do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental. Com propriedade estimulante do apetite, é nutricionalmente rica em proteínas, vitaminas A e C, e sais minerais, principalmente cálcio e ferro. Contém ómega 3 e é pobre em calorias.

Tem várias propriedades medicinais: depura o sangue, melhora a gengivite, as funções orgânicas, cuida da bronquite, tosse ou qualquer outra afecção pulmonar. Como contém muita vitamina C, combate o escorbuto e é diurética. Seu óleo essencial contém também nitrogênio.




Beringela (Solanum melongena)
Eggplant

Tal como o tomate é um fruto. Rica em proteínas, vitaminas (A, B1, B2, B5, C), minerais (cálcio, fósforo, ferro, potássio, magnésio) e alcalóides, que actuam diminuindo a pressão sanguínea, prevenindo a arteriosclerose. Também ajuda a prevenir alguns males referentes ao fluxo sanguíneo. Cultura e colheita de Abril a Setembro.

Cultura e colheita de abril a setembro.



Pimento (Capsicum annum)
Sweet pepper

Podem ser consumidos em fresco ou cozinhados, verdes ou maduros, congelados ou desidratados. O pó de pimento é muito utilizado como corante e aromatizante na culinária e na indústria alimentar, (ingrediente do caril). Tem uma concentração elevada de vitamina C que varia conforme o grau de maturação. Cultura e colheita de Abril a Setembro.



Batata (Solanum tuberosum)
Potato

A batata é originária do Peru e é um dos vegetais mais utilizados no mundo. Rica em carboidratos, a batata é grande fonte de energia. Contém ainda sais minerais, vitamina C e B, em pequenas quantidades. Cultura e colheita entre Outubro e Junho.

Cultura e colheita de fevereiro a julho.




Tomate (Solanum lycopersicum)

Tomato

Originário da América Central e do Sul, o tomate é na verdade um fruto. É rico em licopeno e contém vitamina A, B e C e minerais como o fósforo, potássio, ácido fólico, cálcio e frutose. Quanto mais maduro, maior a concentração destes nutrientes. Alguns estudos comprovam sua influência no tratamento de cancro. Cultura e colheita de Abril a Setembro.

Alface (Lactuca sativa)
Lettuce

Originária do Leste do Mediterrâneo. A alface contém ferro, mineral com importante papel no transporte de oxigénio no organismo. É rica em fibras, que auxiliam na digestão e no bom funcionamento do intestino, além de apresentar pequenos teores de minerais como cálcio e fósforo. Cultivada todo o ano.

Cultura e colheita todo o ano.


Fava (Vicia faba)
Broad bean

A sua origem é desconhecida e duvidosa, alguns autores admitem localizá-la no sudoeste asiático e outros, na zona do mediterrâneo. Este legume é muito nutritivo quando maduro, em proteínas e hidratos de carbono. O seu valor energético é de cerca de 340 calorias por 100 g. Cultura e colheita de Outubro a Maio.





Ervilha (Pisum sativa)
Green pea

A Ervilheira tem a sua origem na Ásia Central e na Europa. Rica em vitaminas K1, C, B1, A e B6. Sais minerais como cálcio, fósforo, ferro, enxofre, potássio e cobre, que ajudam na formação dos ossos, dentes e sangue, no vigor do sistema nervoso e equilíbrio interno do organismo. Cultura e colheita de Outubro a Maio.

Feijão-Frade (Vigna unguiculata)
Cowpea

Este tipo de feijão constitui a base alimentar de muitas populações rurais devido ao seu elevado valor nutritivo a nível proteico e energético e à sua fácil adaptação a solos de baixa fertilidade e com períodos de seca prolongada. É uma boa fonte de fibras que contribuem para a redução do nível de colesterol. Cultura e colheita de Abril a Setembro.




Grão-de-Bico (Cicer arietinum)
Calvance Pea

Rico em proteínas, sais minerais e vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e magnésio. Devido à sua grande quantidade de amido, é usado pelo nosso organismo como fonte de energia. Prevenção de doenças cardiovasculares e no tratamento de vários tipos de anemia. Cultura e colheita de Abril a Setembro.




Espinafre (Spinacia oleracea)
Spinach

Originária do centro e sudoeste da Ásia. Tem grande conteúdo em ferro e alto índice de ácido oxálico, que pode interferir na absorção do cálcio em leite e derivados. O consumo de grandes quantidades de pode causar um efeito tóxico. Cultivado entre Outubro e Junho


Acelga (Beta vulgaris)
Chard

Na antiguidade era utilizada pelos romanos, egípcios e gregos. Tem quantidades consideráveis de niacina, vitamina A e C e ésteres do ácido oxálico, que pode prejudicar a absorção de cálcio pelos ossos. Pode ser usada nas micoses, cicatrizes e cálculos biliares. É antioxidante, auxilia o fígado e é utilizada nas doenças circulatórias. Cultura e colheita todo o ano.



Alho ( Allium sativum)
Garlic

É utilizado desde a antiguidade na composição de medicamentos pelas propriedades anti-microbianas e os efeitos benéficos para o coração e circulação sanguínea, vitaminas A, B2, B6, C, aminoácidos, sais minerais ferro, silício, iodo. Eficaz no tratamento de hipertensão leve, redução dos níveis de colesterol, prevenção da arteriosclerose e doenças infecciosas. Cultura e colheita entre Novembro e Julho.


Cebola (Allium cepa)
Onion

Com origem no centro da Ásia. Tem muitas vitaminas, fósforo, cálcio, sódio, silício e magnésio. Os flavonóides têm efeitos como anti-oxidantes, anti-inflamatório, protector cardíaco, analgésico, anti-alérgico, anti-câncer, anti-diabético, anti-úlcera, entre outros. Cultura e colheita entre Outubro e Junho.





Cenoura (Daucus carota)
Carrote

As Cenouras são grandes fontes de fibra dietética, antioxidantes, minerais e βeta-caroteno. Esta última é responsável pela cor alaranjada, característica do vegetal. É também uma provitamina A, melhorando a visão, o bom estado da pele e das mucosas. Cultivada todo o ano.





Alho francês (Allium porrum)
Leek

Pertence à mesma família das cebolas e alhos. Adapta-se facilmente a qualquer tipo de solo, ainda que prefira solos pouco ácidos ou neutros e bem drenados. Tem propriedades benéficas para a digestão, rins e intestinos, tensão alta, prevenção de gripes e constipações e redução do nível de colesterol.





Melancia (Citrullus lanatus)
Water melon

É muito nutritiva, com hidratos de carbono, beta-caroteno, provitamina A e vitaminas do complexo B e C, cálcio, fósforo, ferro e muita água. O licopeno e glutationa, em abundância, protegem o organismo contra o câncer e a oxidação celular. Auxilia na pressão alta, reumatismo ou gota. O sumo de melancia provoca eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Cultivo e colheita entre Abril e Setembro.






Melão (Cucumis Melo)
Melon

Originário do Médio Oriente. Com muita água, sabor suave e doce, é uma fruta muito apreciada. Abundante em fibras, beta-caroteno, vitaminas C, B e cálcio, é indicado para doentes cardíacos e afecções do fígado. É fortificante, calmante, diurético e eficaz na coagulação do sangue. As sementes, tostadas e salgadas, podem ser consumidas. Cultivo e colheita entre Abril e Setembro


Abóbora (Cucurbita pepo)
Pumpkin

Originária da América. É um fruto rico em vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo, possui poucas calorias e é de fácil digestão. O sumo das flores é bom para o estômago e para a dor de ouvido. As folhas e flores pisadas, tratam inflamações da pele. As sementes trituradas em sumos, são úteis contra a febre e inflamações das vias urinárias. Cultivada todo o ano.




Courgette (Cucurbita pepo var. zuchino)
Zuchini

É um fruto que se colhe ainda verde. De fácil digestão, rico em niacina, além de ser fonte de vitaminas do complexo B e possui poucas calorias. Tem propriedades muito semelhantes à abóbora mas com um sabor muito mais suave. Cultura e colheita entre Março e Outubro.

HORTAS URBANAS EM VARANDAS, MARQUISES, QUINTAIS

Hortas urbanas e portáteis BioDiverCidades
Esta pequena história é apresentada somente para ilustrar uma iniciativa e respectiva resposta da população àquilo que fazemos aqui em Lisboa
Sem ser uma iniciativa revolucionária, pois em tempos o meu próprio avô era desta ocupação que retirava o seu sustento, pois não tendo suficientes terrenos próprios, fazia hortas para os outros que o pretendiam. As hortas urbanas.
O projecto é simples tendo como pano de fundo a cada vez maior apetência das pessoas em aliarem as suas práticas sustentáveis aos hábitos culinários, e consiste em transformar os jardins, terraços, sótãos ou espaços perdidas das casas, em pequenas hortas.
  1. A entrega aos clientes caixas de madeira pré-fabricadas com 1,2 metros quadrados de tamanho (como na foto), que são verdadeiras mini-hortas urbanas.
  2. Na segunda opção e numa perspectiva de uso vertical do espaço são usadas outras caixas, de uso vertical.
  3. Por fim e para quintais, pode ser feita uma verdadeira horta.

A caixa consegue plantar uma variada combinação de frutas e vegetais… as que o cliente quiser, na verdade.

 O serviço completo das hortas BioDiverCidades custa 250 euros por estação de cultivo (Inverno e Verão)e inclui a caixa de madeira e todo o trabalho do dia-a-dia ou semana. Uma versão low cost, que inclui apenas a instalação inicial da caixa, desce o preço para os 100 euros.

Para um cenário de horta num quintal, o serviço custa 60 euros por mês, sendo que pode retirar da horta mais de 100 € mensais, para além de eliminar os custos de manutenção, no caso de ser um jardim, e do inevitável aumento de qualidade alimentar.

Reparámos que havia uma tendência no consumo e plantação de comida local e redução da pegada carbónica. Pensámos que o mercado estava mal servido [na área das hortas urbanas] e que as pessoas queriam iniciar projectos destes mas não sabiam por onde começar.

Agricultura biológica- Desafios e metas

AGRICULTURA ORGÂNICA: Desafios e metas.

Desde a II guerra mundial, os fertilizantes e pesticidas químicos têm sido muito importantes para o aumento da produtividade, porém advertências muito claras têm sido feitas actualmente sobre a qualidade de vida, tendo em vista que os produtos químicos têm tomado conta não apenas da produção em si, mas afectado tudo o que rodeia o homem, principalmente no seu ecossistema, afectado de forma tal, que tudo o que o homem consome, principalmente no seu ecossistema, contem contaminação em tal abundância, que tem se tornado caso de alarme generalizado como um perigo, tanto para a saúde humana, como dos ecossistemas naturais, comprometendo a sustentabilidade dos recursos.

Também as práticas de gestão de solos, da paisagem e dos elementos naturais em geral, em muito têm sido degradados pela agricultura convencional do seculo XX. E este alerta deposita grandes esperanças na agricultura biológica, a única que pode fazer esse retrocesso à qualidade de vida que o homem busca. A socialização dos seus benefícios é que devem ser divulgados, até como forma de desenvolvimento da agricultura familiar, que através da policultura, pode oferecer esta qualidade de vida não apenas para si, mas para com toda uma comunidade.

O poder público necessita, obrigatoriamente, de abraçar esta causa em defesa de um todo: homem, meio ambiente e futuro. É inegável que a produtividade não é tão alta, mas os benefícios podem tranquilamente fazer a diferença em que a qualidade é melhor que a quantidade e o valor agregado aliado ao custo-benefício, ainda traz vantagens.  
O produto orgânico não é apenas um produto cultivado sem o uso de adubos químicos ou agro-tóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o maneio agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.

O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, etc e são devolvidos aos canteiros em forma de composto para que sejam transformados em nutrientes para as plantas.

 Essa fertilização activará a vida no solo; os microorganismos além de transformarem a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição.

A rotação de culturas é utilizada como forma de preservar a fertilidade do solo e o equilíbrio de nutrientes. Contribui também para o controle de pragas, pois o cultivo das mesmas culturas nas mesmas áreas poderia resultar no aparecimento de doenças e infestações. As monoculturas são evitadas. A diversidade é factor que traz estabilidade ao agrossistema, pois implica no aumento de espécies e na interacção entre os diversos organismos.

O cultivo consociado, isto é, o plantio de 2 espécies lado a lado, com um objectivo especifico de inter-acção, contribui para o controle da erosão, pois mantém o solo coberto. Muitas espécies podem ser associadas entre si, pois  favorecem-se mutuamente:

Espécies que produzem muita sombra podem ser associadas àquelas que gostam de sombra; ex: tomate e salsa.

Raízes profundas com raízes superficiais; ex: cenoura e alface

Espécies com folhagens ralas podem ser plantadas junto àquelas mais volumosas; ex : cebolinha e beterraba

Espécies com exigências diversas em relação à nutrientes. ex : rúcula e brócolos.

Espécies que exalam odores e afugentam insectos: ex : alface e cebolinha.


Essas técnicas contribuem para um solo saudável, uma produção sadia e previnem o aparecimento de infestações. A conservação de faixas de vegetação selvagem entre os canteiros auxilia no controle de pragas. Servem de refúgio para diversos insectos benéficos que se alimentam de fungos ou organismos que, sem seus inimigos naturais, poderiam aniquilar a cultura. A fauna selvagem é preservada e a diversidade é essencial para o equilíbrio de várias espécies.

Infestações ocasionais podem ser tratadas com caldas, criação e libertação de inimigos naturais, armadilhas, captura manual e outros.

A maioria da produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tiram da terra o seu sustento. Conservando o solo fértil, a agricultura orgânica prende o homem à comunidade rural à qual pertence.
2. QUALIDADE x QUANTIDADE

Procura de alimentos
 Nas últimas décadas a agricultura ocidental passou por várias transformações, entre as quais, se observa um aumento significativo na produção anual de grãos. Isto, sem sombra de dúvidas, é muito bom economicamente para o Mundo, pois, além de atender às necessidades na alimentação, ainda garante mercadoria para exportar e gerar receitas.

Mas há o outro lado da questão que é a preocupação com o solo, degradação ambiental, alimentos com quantidades muito grandes de agrotóxicos, contaminação de recursos hídricos e problemas de saúde nos trabalhadores que executam a aplicação destes agrotóxicos na lavoura. Então, a crescente preocupação com a natureza através da “Agenda 21”, escolas, meios de comunicação, administradores públicos e privados e a população em geral, têm a necessidade de repensar as práticas actuais, acenando para uma mudança de hábitos, a fim de obter a qualidade de vida populacional, não descuidando do solo, água e, acima de tudo, do meio natural em geral.

Para a fertilização deve-se passar a recorrer cada vez mais á utilização de resíduos orgânicos, sejam eles vegetais ou animais.

O resíduo de gado herbívoro é mais utilizado seguido do suíno que necessita de certo tempo para a fermentação e por último, o resíduo de aves que deve ficar um ano armazenado por causa das hormonas.

Porém, como se trata de um tema bastante pertinente, justifica-se o interesse em buscar subsídios de análise e questionar sobre a falta de informação com relação à produção orgânica aos agricultores em geral e aos consumidores no sentido de aderirem ao consumo de produtos orgânicos.

Por que razão aderir à produção orgânica?
Sabemos que uma das principais questões dos diferentes sistemas de produção agrícola, diz respeito à sustentabilidade desses sistemas, em conservar e melhorar os recursos produtivos, tais como: o solo, a água, o ar e a própria biodiversidade, que permitem uma produção adequada de alimentos na obtenção de qualidade de vida e para as futuras gerações.

Partindo do princípio médico de que a maioria das doenças decorre do desequilíbrio alimentar pelo uso de elementos químicos, é necessário repensar a forma de nos alimentarmos.

Actualmente, cada pessoa, com a sua liberdade para escolher o que quer consumir, tem opção de uma variedade enorme de produtos industrializados e comercializados, os quais contêm produtos químicos, resíduos tóxicos, conservantes e corantes nas comidas e bebidas; antibióticos e hormonas nas carnes; metais pesados introduzidos na água, etc.

A alternativa que se viabiliza no momento como melhor caminho para uma melhor qualidade de vida e sustentabilidade é a produção biológica.

Este problema já começa na própria concepção de “agricultura biológica”, que geralmente oscila entre o modelo predatório que era utilizado onde o agricultor chega, desmata, queima, planta por alguns anos, e depois dos solos esgotados, deixa o mato se reocupar os terrenos ou faz pasto e assim ficará até acontecer uma mudança de tecnologias ou incentivos comunitários desadequados e recomeça a predação.

Diante do acima exposto é necessário, compreender o que é agricultura orgânica e quais seus benefícios.

A agricultura orgânica ou Agricultura biológica é um termo frequentemente usado para a produção de alimentos, produtos animais e vegetais que não fazem uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, geralmente aderem aos princípios de agricultura sustentável. Sua base é holística, ou seja, de todo o sistema de produção, põe ênfase no solo. Seus proponentes acreditam num solo saudável, mantido sem uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos têm uma qualidade superior a alimentos convencionais.

Actualmente também já se pode dar uma igual importância à industria de transformados de agricultura biológica, dado o alto peso que têm quer na nossa alimentação como nas produções e também por sua vez na contaminação ambiental, no caso da agro-industria biológica a ser evitado ou minimizado a todo o custo, como regra e condicionante.
Procura-se produzir com uma maior eficiência energética. Busca-se conhecer e incrementar interacções positivas que beneficiam a produção.

O desafio de aumentar a produção de alimentos para equipará-la à procura, ao mesmo tempo mantendo a integridade ecológica essencial dos sistemas de produção, é um desafio formidável em magnitude e complexidade. Porém, dispomos do conhecimento necessário para conservar os nossos recursos agrários e hídricos, embora tenha que haver uma maior consciencialização neste sentido, pois sabe-se hoje que os recursos hídricos não são infindáveis.

Essa é mais uma vantagem da agricultura biológica, uma vez que a regularidade das chuvas dependem directamente da questão agrária, tais como: desmatamentos, queimadas, defensivos químicos e outra série de factores provenientes da poluição de todo um sistema, que faz com que as épocas de chuva também se modifiquem.

Contudo, as novas tecnologias possibilitam o aumento da produtividade e, ao mesmo tempo, reduzem as pressões sobre os recursos. Uma nova geração de agricultores combina experiência com educação. Na posse desses recursos, podemos satisfazer as necessidades da grande família humana.

Como obstáculo temos o enfoque limitado do planeamento e das políticas agrícolas, onde cabe ao poder público fazer a sua parte, pelo simples facto de estar trabalhando para a saúde e bem estar da população.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, é preciso que a população adira ao consumo de produtos orgânicos, para que tenha uma qualidade de vida melhor. Motivos para tal, são muitos e vão ao encontro não apenas da saúde e bem estar do indivíduo mas principalmente, do ecossistema, do qual este mesmo indivíduo é parte, cujos principais.
Torna-se também fundamental, accionar medidas, mecanismos e práticas para que os actuais ainda por vezes altos dos produtos biológicos, sejam ao invés de penalizados pela, máquina burocrática e fiscal, incentivados para que se tornem mais acessíveis a toda a população (embora que, se for feito um consumo racional, tipo produtos de época, esses preços chegam a ser mais baixos que o convencional, mas isso será tratado em artigo próximo)

São descritos a seguir os referidos benefícios:




  1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos têm demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reacções alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até cancro.
  2. Os alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e equilibrados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
  3. Os alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos - na sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
  4. Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afecta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura biológica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base do seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
  5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo mantém-se fértil e permanece produtivo ano após ano.
  6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis de água e poluem rios e lagos.
  7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e as áreas naturais são conservadas  na produção biológica e a interesse do próprio agricultor.
  8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.
  9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica no solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como consumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
  10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura biológica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar a adquirir produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
Consuma produtos biológicos e promova a agricultura biológica e a sustentabilidade dos recursos naturais