Rede regional de laboratórios em regeneraçao e restauração ecológica - Regional network of laboratories in ecological regeneration and restoration

 



Estamos actualmente a lançar esta iniciativa e que assenta em dois desafios imediatos
  1. Angariação de espaços aderentes 
  2. Formação de uma equipa para gerir e dinamizar esta iniciativa

“Laboratórios Regenerativos”: 

São unidades territoriais funcionais, de qualquer dimensão ou localização, em que os seus gestores se identifiquem com os valores, princípios e objectivos do grupo “Ecossistemas Regenerativos” e por isso integram a rede de interconhecimento que este grupo visa estabelecer. o
Os “Laboratórios Regenerativos” são a célula base de acção no terreno da organização. Tal implica que os gestores destes espaços mantenham a gestão nos moldes que entenderem a mais conveniente, mas que se comprometam a discutir com os outros aderentes as suas opções de gestão, de forma a gerar conhecimento colectivo. Importa também que entendam que fazem parte de uma malha territorial, que ao actuar em rede potencializa benefícios para estes territórios, bem como para os ecossistemas ibéricos como um todo.

- Objectivos comuns do Grupo 
  • Estabelecer por via da discussão/experimentação, princípios e modelos de gestão numa lógica de regeneração ecológica de ecossistemas, bio-diversos e sustentáveis. 
  • Implementar no terreno modelos viáveis de gestão de ecossistemas ibéricos, numa harmonia local, interligada numa rede ibérica, com visão de conjunto e escala - os “Laboratórios Regenerativos”
  • Obter e partilhar mais-valias de conhecimento, técnicas, comerciais e comportamentais com os aderentes. 
  • Demostrar ao publico em geral, incluindo, gestores, decisores e políticos, quais as alterações estruturais necessárias de longo prazo num processo regenerativo de ecossistemas florestais e outros, em termos económicos, sociais e ambientais, como “grupo de pressão”. 
  • Trabalhar em conjunto para restaurar a funcionalidade ecológica, para construir Centros de Pesquisa, Treinamento e Inovação para Restauração Ecológica
  • Envolver as pessoas na investigação sobre restauração ecológica 
  • Treinar pessoas em como restaurar terras degradadas para sempre.
 
Nossos objetivos são:
  • Treinar as pessoas em técnicas de restauração de terras e oferecer oportunidades práticas para que as pessoas pratiquem novas abordagens para a restauração da paisagem.
  • Construir centros de pesquisa, treinamento e inovação para envolver as pessoas na restauração de ecossistemas.
  • Gerir um fluxo de voluntários de todas as idades para restaurar os ecossistemas agrícolas e naturais.
  • Aumentar a matéria orgânica, o teor de carbono e a capacidade de retenção de água do solo para estimular o sequestro de carbono em larga escala.
  • Melhorar os meios de subsistência dos agricultores, proprietários de terras e comunidades locais ao redor dos acampamentos. 

Ser aderentes implica: 
  1. Identificar-se com os valores e objectivos do grupo
  2. Aceitar uma visão ecocêntrica do mundo
  3. Acreditar que com coligação de vontades se podem proteger e melhorar ecossistemas em rede, actuando cada parte à sua escala o Respeitar a visão de cada um dos aderentes, contribuindo pela discussão para um projecto integrado e coeso.
  4. Participar de forma activa no desenvolvimento da rede ibérica dos “Laboratórios Regenerativos”
  5. Partilhar conhecimento e contribuir na discussão de temas o Agir localmente com visão global
  6. Proteger o solo a água e os outros organismos coabitantes dos ecossistemas onde nos inserimos 

 Tipo de Aderente: o
  • Gestor ou parte interessada de um “Laboratório Regenerativo” 
  • Individuo ou organização que se identifique com os valores e objectivos e pretenda apoiar este projecto, ou a nível local ou num âmbito global, encontrando mútuas vantagens para ambas as partes 
  • Voluntário que pretenda apoiar, no terreno ou a nível central, o projecto dos Ecossistemas Regenerativos 
  • Decisores e patrocinadores que se identifiquem com o movimento dos Ecossistemas Regenerativos 

We are currently launching this initiative, which is based on two immediate challenges
Acquisition of participating spaces
Formation of a team to manage and streamline this initiative

“Regenerative Laboratories”:

They are functional territorial units, of any size or location, in which their managers identify themselves with the values, principles and objectives of the “Regenerative Ecosystems” group and therefore form part of the network of interknowledge that this group aims to establish. O
The “Regenerative Laboratories” are the organization's base cell for field action. This implies that the managers of these spaces maintain management in the way they deem most convenient, but that they undertake to discuss their management options with the other members, in order to generate collective knowledge. It is also important that they understand that they are part of a territorial network, which by acting in a network enhances benefits for these territories, as well as for the Iberian ecosystems as a whole.

- Common objectives of the Group
To establish, through discussion/experimentation, principles and models of management in a logic of ecological regeneration of ecosystems, bio-diverse and sustainable.
Implement on the ground viable models of management of Iberian ecosystems, in a local harmony, interconnected in an Iberian network, with a vision of the whole and scale - the “Regenerative Laboratories”
Obtain and share knowledge, technical, commercial and behavioral gains with members.
Demonstrate to the general public, including managers, decision-makers and politicians, what structural changes are needed in the long term in a regenerative process of forest ecosystems and others, in economic, social and environmental terms, as a “pressure group”.
Working together to restore ecological functionality, to build Research, Training and Innovation Centers for Ecological Restoration
Engaging people in ecological restoration research
Train people on how to restore degraded lands for good.
 
Our goals are:
Train people in land restoration techniques and provide hands-on opportunities for people to practice new approaches to landscape restoration.
Build research, training and innovation centers to engage people in ecosystem restoration.
Managing a stream of volunteers of all ages to restore agricultural and natural ecosystems.
Increase soil organic matter, carbon content and water holding capacity to encourage large-scale carbon sequestration.
Improve the livelihoods of farmers, landowners and local communities around the camps.

Being adherent implies:
Identify with the group's values and objectives
Accept an ecocentric view of the world
Believing that with a coalition of wills it is possible to protect and improve networked ecosystems, each part acting on its own scale o Respecting the vision of each of the adherents, contributing through discussion to an integrated and cohesive project.
Actively participate in the development of the Iberian network of “Regenerative Laboratories”
Share knowledge and contribute to the discussion of topics o Act locally with a global vision
Protect the soil, water and other cohabiting organisms in the ecosystems where we operate

  Type of Adherent: the
Manager or stakeholder of a “Regenerative Laboratory”
Individual or organization that identifies with the values and objectives and intends to support this project, either locally or globally, finding mutual benefits for both parties
Volunteer who intends to support, in the field or at a central level, the Regenerative Ecosystems project
Decision-makers and sponsors who identify with the Regenerative Ecosystems movement

Rede regional de Micro-reservas para a Biodiversidade - Regional network for Biodiversity micro-reserves




Estamos actualmente a lançar esta iniciativa e que assenta em dois desafios imediatos
  1. Angariação de espaços aderentes 
  2. Formação de uma equipa para gerir e dinamizar esta iniciativa

O que é uma micro-reserva? Por todo o território nacional, existem elementos do património natural descontínuos e com pequenas áreas de ocupação, como por exemplo, comunidades de leitos de cheia, escarpas litorais, afloramentos com flora especializada, grutas com morcegos e invertebrados troglóbias, charcas temporárias essenciais à preservação dos anfíbios ou pequenos bosques. Tendo estes espaços, na sua grande maioria, singular importância para a conservação e, não existindo uma figura legal apropriada à gestão destes espaços, o conceito de “micro-reserva” surge como uma ferramenta essencial à preservação de espécies e habitats. As micro-reservas são pequenas áreas protegidas, que raramente atingem os 20 hectares, que têm que possuir obrigatoriamente um plano de gestão. 

já foram criadas várias centenas de micro-reservas, num modelo que tem sido adoptado um pouco por toda a Europa.

A criação de micro-reservas biológicas é um processo que se desenvolve por várias etapas:
  • A identificação do local, 
  • Os contactos com os proprietários 
  • O levantamentos de valores de interesse natural para a conservação
  • Elaboração de plano de gestão
  • A validação científica e a formalização jurídica da sua protecção (ainda muito dificil no pais). 
 Com este projecto, os parceiros envolvidos, esperam a dar um contributo importante para a preservação do património natural e da biodiversidade do nosso país. 

Modelo
 Cria-se sistema com enquadramento formal, em que mediante contrato/protocolo, se estabelece um compromisso e parceria, para certificar sistemas candidatos a micro reservas de biodiversidade. Podem candidatar-se a isto qualquer proprietário de terreno, em que ainda existam sistemas naturais de interesse, como reduto de biodiversidade, especial interesse botânico ou faunístico, ou como habitats classificados e ameaçados. 
Neste protocolo estabelece-se um compromisso com um mínimo de 10 anos, em que a natureza poderá seguir o seu curso, livre de qualquer intervenção humana que não sejam medidas que só potenciem ou aumentem os valores da natureza selvagem 
O proprietário beneficia por seu lado, de apoio na gestão e mantimento do espaço, esforço conjunto na expansão ou criação de áreas de contenção e transição, pequenas medidas benéficas para potenciar algumas espécies de especial interesse de conservação em cada terreno. 

Os terrenos aderentes, agregados pelo conceito estruturado pelas três entidades proponentes, Poderão vir a ser alvo de uma candidatura a programa life (ou outro similar que se revele mais interessante), para propor a financiar todo este processo de gestão dos aderentes, para conseguir criar uma rede integrada em que exista inclusive, um fio condutor de corredores ecológicos que crie um sistema nervoso de zonas de boa gestão ecológica 

Idealmente, estes terrenos deverão ter áreas superiores a 1 hectares e menores de 100

Contactos
Tito Lopes:  projecto.regenerar@gmail.com

We are currently launching this initiative, which is based on two immediate challenges
  1. Acquisition of participating spaces
  2. Formation of a team to manage and streamline this initiative

The purpose of the Regional Network of Micro-Reserves for Biodiversity is to create a Network of Biological Micro-Reserves in the region of Idanha by attracting and managing spaces where relevant natural values or even unique species are concentrated.

What is a microbooking? Throughout the national territory, there are discontinuous natural heritage elements with small areas of occupation, such as, for example, floodplain communities, coastal cliffs, outcrops with specialized flora, caves with bats and troglobite invertebrates, temporary ponds essential for the preservation of amphibians or small groves. As these spaces, for the most part, are of singular importance for conservation and, as there is no appropriate legal figure for the management of these spaces, the concept of “micro-reserve” emerges as an essential tool for the preservation of species and habitats. Micro-reserves are small protected areas, which rarely reach 20 hectares, which must have a management plan.

It should be noted that this concept was proposed and implemented by Emílio Lagunas Lumbreras, since 1992, through the Government of the Valencian Community, where more than a hundred micro-reserves have already been created, and has been adopted all over Europe.

The creation of biological micro-reserves is a process that takes place in several stages:
The identification of the place,
Contacts with owners,
The survey of values of natural interest for conservation
Elaboration of a management plan
Scientific validation and legal formalization of its protection (still very difficult in the country).
  With this project, the partners involved hope to make an important contribution to the preservation of our country's natural heritage and biodiversity.

  A system is created with a formal framework, in which, through a contract/protocol, a commitment and partnership is established, to certify candidate systems for micro biodiversity reserves. Any owner of land where natural systems of interest still exist can apply for this, such as a stronghold of biodiversity, special botanical or faunal interest, or classified and threatened habitats.
This protocol establishes a commitment with a minimum of 10 years, in which nature will be able to run its course, free of any human intervention other than measures that only enhance or increase the values of wild nature
The owner, for his part, benefits from support in the management and maintenance of the space, joint effort in the expansion or creation of containment and transition areas, small beneficial measures to enhance some species of special conservation interest in each land.

The adherent lands, aggregated by the concept structured by the three proposing entities, may be the target of an application for the life program (or another similar one that proves to be more interesting), to propose and finance this whole process of management of the adherents, to be able to create an integrated network in which there is even a guiding thread of ecological corridors that create a nervous system of zones of good ecological management




Ideally, these lands should have areas greater than 1 hectares and less than 100

Contacts
Tito Lopes:  projecto.regenerar@gmail.com

TUTORIAL - Regeneração de Áreas Ardidas


Uma iniciativa dos Guardiões da Serra da Estrela, que marca o inicio de uma parceria e colaboração regular, com a associação Um Milhão de Árvores.



"Estradas" de Vegetação



Não é difícil de imaginar. Toda a gente sabe o que é uma auto-estrada. Algumas são responsáveis pela destruição de muitas árvores, digo quem as mandou construir, digo quem deixou, digo nós todos, que as utilizamos. Algumas têm no meio, de vez em quando, uns arbustozitos que lá vão dando umas flores, nem sei como. Algumas têm uma protecção lateral para resguardar um pouco os aglomerados populacionais.
No ocidente, nos países ditos desenvolvidos, uns mais outros menos, e de que espantosamente vamos fazendo parte, já se começa a pôr em causa os efeitos dos carros, dos combustíveis, da poluição, o problema do ozono; começa-se a falar e timidamente a experimentar energias alternativas, o uso mais restritivo do automóvel pessoal, etc, sem se denominar de loucos os que falam disso. 
Mas ninguém se atreve a propor aos países cujas populações começaram agora a descobrir as “maravilhas da civilização”, que não comprem carros, que não andem de automóvel, que não construam auto-estradas, que regressem ao estilo dos mormons americanos… não temos coragem desse atrevimento, na vertigem das nossas auto-estradas… nós que já experimentámos o doce sabor do veneno, não temos coragem nem moral para propor aos outros que passem ao lado da nossa auto-estrada, por um carreiro. Faz sentido.
Mas vejam o que fizeram na China: numa distância de cerca de 400 km entre Pequim e Nanquim plantaram, lateralmente a toda a extensão da auto-estrada, não uma fileira de árvores de cada lado, mas várias fileiras: 4 ou 5 árvores, uma auto-estrada de oxigénio da largura do betão, que imediatamente recicla a poluição criada. O efeito é extraordinário e quase comovente: imagine-se a percorrer uma extensão de 400 km ladeado de várias fileiras de árvores, de um lado e de outro, como uma guarda de honra verde, silenciosa, benéfica, pacífica e transformadora. Da mesma largura das faixas de rodagem. 

Aqui estão os modestos benfeitores da humanidade. Não recebem medalhas nem condecorações, não se põem em bicos dos pés, não protestam. Respiram, respiram-nos, respiram por nós, para nós. E quando não são estupidamente abatidas, morrem digna e heroicamente. De pé. E sem que nos apercebamos, também nós. Com elas. Mas caídos, curvados. Tão curvados pelos fardos das preocupações, competições, razões e soluções que nem nos apercebemos dessa nossa outra morte.

Uma auto-estrada amazónica Lisboa Porto, precisa-se urgentemente. Por favor, senhores ministros. Troco o TGV, o choque tecnológico e os outros choques eléctricos todos que já apanhei com os senhores e os que já desconfiamos que aí vêm, troco o novo aeroporto e todas as surpresas que nos reservam, por umas centenas de quilómetros de árvores. Não é pedir muito, pois não?! Para uma árvore, basta uma semente! Somente!

Texto de autor desconhecido, mas reconhecido

Imagens da actividade de 26 de Novembro em Oledo

Mais um dia de plantação, desta vez na aldeia de Oledo, naquilo que se projecta vir a ser um parque botânico de uso público e pedagógico.
Agradecimentos á Junta de freguesia de Oledo, que cederam o espaço de plantação e preparaçaõ do terreno, ao Sr. José Adelino Gameiro, da empresa Silvapor, que cederam as proteções e estacas, mais a sua experiência de muitos anos desta actividade. Agradecemos tambem ao espaço Aldeão pela colaboração no evento. E a todos os participantes voluntários, que fizeram um extraordinário trabalho.











Floresta mediterrânica: Hotspots de Biodiversidade em vias de extinção


Floresta mediterrânica: Hotspots de Biodiversidade em vias de extinção


A zona do Mediterrâneo foi identificada pelo WWF como uma das mais importantes, do ponto de vista ambiental, pela sua biodiversidade excepcional. As florestas mediterrânicas são lar de 25000 espécies de plantas, o que representa 10% das Angiospérmicas em apenas 1,6% da superfície da Terra. Estas florestas são também lar de espécies emblemáticas como o lince ibérico ou a águia de Bonelli.

Portugal, no contexto europeu, é considerado um país rico e diversificado em flora e fauna. Além das espécies tipicamente atlânticas, pode encontrar-se aqui um grande número de espécies de origem mediterrânica. Possui, para além disso, um elevado número de endemismos, assim como espécies consideradas como relíquias do ponto de vista genético e/ou biogeográfico. Para além da sua origem natural (Portugal encontra-se na convergência três regiões biogeográficas, com influências atlânticas e mediterrâneas) mas também os séculos de actividade humana que facultou condições ecológicas para uma evolução harmoniosa.

Actualmente, o fogo é a maior ameaça natural às florestas mediterrânicas, destruindo mais árvores que pragas, tempestades, terramotos, inundações, etc. Todos os anos mais de 50 mil fogos queimam cerca de 800 mil hectares de floresta mediterrânica, o equivalente a 1,7% da sua área total. Todos os países mediterrânicos da União Europeia têm sido atingidos por este problema, mas em Portugal a área ardida média anual mais que quadruplicou desde os anos 60 do século XX.  

Como resultado da intensificação dos fogos florestais, a capacidade dos ecossistemas mediterrânicos para recuperar naturalmente está muito reduzida, estando vastas áreas afectadas por perdas de biodiversidade, erosão do solo e escassez de água, pois o desaparecimento das florestas conduz, eventualmente, à desertificação.

Com este panorama sombrio, resta em Portugal uma (solitária) mancha florestal representativa do coberto natural da zona mediterrânica, o Parque Natural da Serra da Arrábida. Zona única a nível mundial, a Arrábida foi a primeira área a receber protecção do estado em resultado da luta contra as pedreiras, contra as estradas, contra a construção ilegal, contra tudo o que ainda hoje permanece...

Ao contrário do que acontece noutras zonas do mundo, onde uma percentagem elevada dos fogos têm origem natural (geralmente relâmpagos), em Portugal (e nos outros países mediterrânicos) há uma predominância de fogos com origem humana. Os fogos naturais representam apenas entre 1 e 5% do total registado. 

Entre as causas conhecidas, a grande maioria dos fogos são involuntários (negligencia ou acidente) e directamente associados às práticas agrícolas e silvícolas, logo com origem em habitantes locais e só muito  raramente em turistas.  

Espantosamente, o aumento do número de fogos florestais está directamente relacionado com a melhoria das condições de vida das populações. As rápidas transformações económico-sociais que têm vindo a ocorrer levam a uma concentração da população nas cidades, à redução acentuada do crescimento populacional, abandono das terras aráveis e a um desinteresse pelos recursos florestais como fonte de energia. Por todos estes motivos, assiste-se a um aumento das zonas de baldio e a um desaparecimento das populações com um sentimento de responsabilidade pela floresta.


Causas para os fogos florestais em Portugal


Surge, assim, uma série de situações com consequências trágicas para as florestas mediterrânicas:

perda da ligação directa entre o Homem e o seu ambiente – o desaparecimento das comunidades rurais e a falta de incentivos económicos levou à perda do conhecimento para conter os pequenos fogos florestais, que rapidamente podem sair do controlo. Pelo contrário, as antigas práticas agrícolas associadas ao pastoreio, agricultura e caça permaneceram, mas agora com resultados desastrosos devido ao aumento de biomassa seca e ao abandono rural;

redução do valor da madeira – com o colapso da economia rural, os donos das propriedades começaram a pressionar as autoridades locais para obter licenças de urbanização, rentabilizando assim as suas terras. O fogo também permite estimular o mercado madeireiro, pois as árvores queimadas têm que ser rapidamente abatidas e podem ser vendidas a preço inferior;

falta de compensações económicas – os donos das terras não vêem o seu papel na conservação da floresta reconhecido, tendo frequentemente que arcar com os custos adicionais de manutenção sem qualquer apoio estatal;

turismo – o desenvolvimento do turismo de massas e do aumento de casas de férias leva a um aumento sazonal da presença humana na floresta. Esta situação agrava-se com a construção de estradas, permitindo fácil acesso a zonas antes remotas e dificultando a vigilância.


Gestão sustentada: o futuro da floresta


Os fogos florestais destroem as camadas superficiais do solo, alterando as taxas de infiltração das águas da chuva e impedindo a acumulação de água. As camadas férteis, ricas em matéria orgânica, degradam-se após o incêndio, sendo facilmente arrastadas pelas chuvas, o que para além de desertificar as áreas ardidas vai causar sérios problemas a nível da qualidade da água em rios e albufeiras.

Em Portugal, a água de abastecimento público provém em grande parte de grandes albufeiras como Castelo de Bode, rodeadas todos os anos por alguns dos maiores incêndios, logo em risco devido à erosão das encostas adjacentes.

Também na qualidade do ar o impacto dos grandes incêndios florestais é importante. Para além da acumulação de monóxido de carbono e partículas nas zonas afectadas, surge a questão da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

O aumento da concentração de dióxido de carbono, o principal gás de efeito de estufa, é o responsável pelas alterações climáticas responsáveis pelas condições extremas a que, cada vez mais, vamos assistindo: ondas de calor, secas extremas, inundações, tufões, etc.

No quadro do Protocolo de Quioto, de que Portugal é signatário, as nossas emissões de CO2 para o período de 1990 a 2010 não podem aumentar mais que 27% e já em 2001 se atingiu um aumento de 36,5%. Sabendo-se que as florestas são um importante sumidouro de CO2, surge-nos um problema duplo com o seu desaparecimento pois teremos que arranjar outras formas para fazer desaparecer os 4% de CO2 que permanecerão na atmosfera.  

O valor ecológico das matas ripicolas


 


O Valor das matas ripícolas
Ribeiros ou rios são áreas ribeirinhas, e as formações florestais que crescem lá são chamados de mata ribeirinha. A vegetação ripícola é extremamente importante, por causa das muitas funções que serve.

Estabilização e proteção da qualidade da água
As raízes das árvores e arbustos ribeirinhos ajudam a segurar os solos das margens no lugar, evitando a erosão. Para alem de também capturarem os sedimentos e poluentes, ajudando a manter a água limpa.

Suporte da cadeia alimentar
Os peixes de rio alimentam-se de insetos, principalmente aquáticos. Estes passam a maior parte de sua vida na água alimentando-se de folhas e material lenhoso, como troncos, tocos e galhos que caem na água a partir das margens. A mata ribeirinha é também habitat para outros insetos, que por vezes caem na água, proporcionando uma outra fonte de alimento para os peixes ou insectos aquáticos.
Protecção térmica
Nesta região, de verão e inverno, a vegetação de ribeiros e rios suportam temperaturas extremas que podem ser prejudiciais, ou mesmo fatal, para os peixes e outros organismos aquáticos. A cobertura de folhas e galhos traz sombra acolhedora, garantindo que a temperatura da corrente permanece fresca no verão e moderada no inverno. Assim, ribeiros sombreados têm menos algas e são capazes de manter mais oxigênio dissolvido, que os peixes precisam para respirar.

Controle de inundações
Durante os fluxos elevados de Inverno, estas matas diminuem e dissipam as enchentes. Isso evita a erosão que danifica áreas de desova de peixes e habitats de insetos aquáticos, e também de estragos em zonas de ocupação e actividades humanas.

Habitat
As árvores desenraizadas caem na água, os troncos, redes de raízes e ramos diminuem o fluxo de água. Estes obstáculos criam habitat para peixes, formando piscinas, correntes e criando locais com condições de especial apetência para muitas espécies.

A maioria das espécies de animais selvagens terrestres utiliza as áreas ribeirinhas durante parte do seu ciclo de vida, especialmente numa região quente e seca como a Beira baixa. A vegetação ripicula fornece comida, abrigo, e esconderijos para esses animais. 

A vegetação ripicula é essencial para manter a alta qualidade da água natural. No entanto, permanece relativamente desprotegida de más práticas agrícolas, da construção imobiliária, comercial, e do ordenamento da paisagem. Em reconhecimento a isso, existem leis que exigem a sua preservação em cursos de água, zonas húmidas, e outras áreas sensíveis, a fim de proteger a qualidade da água e valor de habitat dessas áreas. 

Nesta região está actualmente a ser trabalhada uma proposta para apresentação a autoridades locais, no sentido de uma efectiva protecção e sensibilização deste recurso natural, envolvendo as populações locais.

Actividade no Ferro, Covilhã

Desta vez num terreno afectado pelo fogo, em que para além de semear e plantar varias espécies, tambem se falou de medidas  de mitigação do impacto do fogo e técnicas de recuperaçáo de áreas ardidas



Esta inciativa marca tambem aquela que se entende como uma muito benéfica e agradável parceria entre o projecto  Um Millhão e arvores e os Guardiões da Serra da estrela






 

Salvar e aproveitar arvores - Saving baby trees

Uma coisa que vem casa vez mais acontecendo, fruto das praticas institucionais de gestão do territorio, acontece encontramos em jardins, bermas de estradas e outros locais geridos por maao humana com criyerios muito selectivos ou especificos, centenas ou milhares de arvores que são arrancadas e deitadas fora. Nos ultimos anos e estando em observaçao atenta, reparámos que por exemplo, em canteiros de jardins, há sempre muita germinaçao de zambujeiros, folhados, medronheiros, lodãos, freixos  e muitas outras espécies, o que acaba por ser muito normal, porque as sementes caem lá, nascem, mas como os muitos canteiros de jardins por este pais fora, são geridos para ser mantidos com aquelas plantas desejadas, o que é indesejado é removido, ervas, arvores, arbustos etc.


Nós temos salvo sem exagero milhares de arvores, que são depois plantadas em locais onde são apreciadas e desejadas.
Claro que isto pode gerar situações caricatas de vir no autocarro de lisboa e trazer uma mochila com centenas de pequenas arvores dentro. Ou o mesmo na mala do carro.

Mas isto é uma escolha, um modo de vida que dá muito prazer.
E mais uma vez, o aproveitamente de um desperdicio gigante, neste caso de vidas de arvores

Saving baby treesOne thing that is happening more and more, as a result of institutional practices of land management, we find in gardens, roadsides and other places managed by human hands with very selective or specific criteria, there are hundreds or thousands of trees that are ripped out and thrown away. In recent years, and having been under close observation, we have noticed that, for example, in garden beds, there is always a lot of germination of wild olives, viburnum, strawberry trees, Celtis, Ash and many other species, which turns out to be very normal, because the seeds fall there and grow, but like many garden beds around this country, they are managed to be maintained with those desired plants, what is unwanted is removed, weeds, bush, treesWe have saved, without exaggeration, thousands of trees, which are then planted in places where they are appreciated and desired.

Of course, this can generate ridiculous situations of coming on the Lisbon bus and bringing a backpack with hundreds of small trees inside. Or the same in the trunk of the car.
But this is a choice, a way of life that gives great pleasure.And once again, the taking advantage of giant waste, in this case of tree lives

Inciativa dos pequenos viveiros domésticos- Home and backyard nurseries





Uma das iniciativas para este ano da associação Um Milhão de Árvores, pretende envolver a população, associados e colaboradores, na produção de plantas para usar nas nossas actividades de campo, num contexto de iniciativa local que apoiamos directamente. Esta ideia pode ser reproduzida noutras regiões e poderemos apoiar lançamento, mas sem condições pra presença.

Tem-se notado uma crescente procura de plantas autóctones, algo que não é acompanhado pela produção dos viveiros, sendo actualmente muito difícil, conseguir estas plantas. Por outro lado, há uma dificuldade ainda maior na obtenção de certas espécies menos conhecidas ou "mediáticas", mas não menos importantes para o ecossistemas e biodiversidade. 

Espécies como Medronheiros, Pistacia Lentiscus e Therebinthus, Zambujeiros, Pilriteiros, Abrunheiros bravos, Adernos etc, são difíceis de encontrar em viveiros. Para nós não interessam quercineas (carvalhos, sobreiros, azinheiras, porque consideramos muito vantajosos a sementeira directa no local) 

Assim pensamos esta iniciativa, que pretende
• Incentivar indivíduos a fazer isto no seu quintal ou terreno, que mesmo sendo de pequena escala, todos juntos poderá fazer muita planta em cada ano 
• Criar uma rede de aprendizagem ponto a ponto para permitir que viveiros comunitários de árvores compartilhem boas práticas e considerem problemas, desafios e oportunidades comuns
• Cultive o crescimento bem-sucedido de viveiros de árvores comunitários novos e emergentes.
• Criar uma cultura de arboricultores e defensores/guardiões da floresta autóctone 
• Outra forma de participar sera a recolha de sementes, pois o uso de sementes colectadas localmente ajudará a manter a diversidade genética regional e a fornecer espécies apropriadas para melhorar a resiliência 

 Se pretender juntar a esta iniciativa, pode fazer contactando e preenchendo o formulario que enviaremos por solicitação. Para esse efeito aos interessados em aderir e colaborar, nós disponibilizamos os tabuleiros gentilmente cedidos pela empresa Silvapor, fornecemos as sementes e partilhamos o conhecimento. Em troca, cada aderente poderá ficar com uma parte das plantas para seu próprio uso, outra parte dará ao milhão de árvores para as suas actividades comunitárias de plantação 

A contrapartida para cada aderente pode passar por vários formatos 
• Obtenção de árvores para usos próprio ou vizinhos 
• Contribuir para apoiar as iniciativas do Um Milhão de árvores, em prol da floresta e biodiversidade 
• Funcionar através desde sistema de possíveis compensações 
https://joinseeds.earth/\ 
• Doar plantas a escolas, ou actividades com crianças ou jovens 
• Eventualmente poder vir a poder vender algumas plantas, num contexto informal 
• Outros benefícios a discutir 

Sobre o processo e método que usaremos para avançar e apoiar esta iniciativa: 
• Quando tivermos uma boa lista de efectivamente interessados, iremos realizar nas nossas instalações em Idanha a Nova, um workshop de um dia (Algures no mês de Janeiro), em que uma parte do tempo se ensinam as varias técnicas de reprodução, estruturação e meios necessários para um viveiro, simulando uma instalação de base. 
• Forneceremos as semente e tabuleiros, e partilhamos as sementes que participantes tragam 
• Discutimos entre todos e caso a caso a forma de cada um integrar e como todo o contexto de desenvolver 
• Falar-se-á tanto das regras oficiais assim como principios éticos e boas praticas deste tipo de actividade  
Para quem quiser aderir contactar : 
1m.arvores@gmail.com 

 One of the initiatives for this year by the Um Milhão de Árvores association, aims to involve the population, members and employees, in the production of plants to use in our field activities, in a context of local initiative that we directly support. This idea can be reproduced in other regions and we will be able to support the launch, but without conditions for presence. 

 There has been a growing demand for indigenous plants, something that is not accompanied by the production of nurseries, and it is currently very difficult to obtain these plants. On the other hand, there is an even greater difficulty in obtaining certain species that are less known or "mediatic", but no less important for ecosystems and biodiversity. Species such as Arbutus, Pistacia Lentiscus and Therebinthus, Zambujeiros, Hawthorns, Blackthorns, Adernos etc, are difficult to find in nurseries. We are not interested in quecineas (oaks, cork oaks, holm oaks, because we consider direct sowing on site to be very advantageous) 

 This is how we think about this initiative, which aims to 
1. Encouraging individuals to do this in their backyard or land, that even if it is small scale, all together can make a lot of plant each year 
2. Create a peer-to-peer learning network to enable community tree nurseries to share good practices and consider common problems, challenges and opportunities 
3. Nurture the successful growth of new and emerging community tree nurseries. 
4. Create a culture of arboriculturists and defenders/guardians of the native forest 
5. Another way to participate will be seed collection, as using locally collected seeds will help maintain regional genetic diversity and provide appropriate species to improve resilience 

 If you want to join this initiative, you can do so by contacting us and filling out the form that we will send you upon request. For that purpose, those interested in joining and collaborating, we provide the trays kindly provided by the company Silvapor, we supply the seeds and share the knowledge. In return, each member will be able to keep a part of the plants for their own use, another part will be given to the million trees for their community planting activities. 

 The consideration for each member can go through several formats 
 • Obtaining trees for own or neighboring uses 
• Contribute to support One Million Trees initiatives, in favor of the forest and biodiversity 
• Work through this system of possible compensations https://joinseeds.earth/\ 
• Donating plants to schools, or activities with children or young people 
• Eventually being able to sell some plants, in an informal context 
• Other benefits to discuss 

 On the process and method we will use to move forward and support this initiative: 
 • When we have a good list of people who are actually interested, we will hold a one-day workshop at our facilities in Idanha a Nova (sometime in January), where part of the time will teach the various techniques of reproduction, structuring and means needed for a nursery, simulating a base installation. 
• We will provide seeds and trays, and share the seeds that participants bring 
• We discuss with everyone and on a case-by-case basis how each one integrates and how the whole context of developing 
• There will be a lot of talk about official rules as well as ethical principles and good practices for this type of activity 

 For those who want to join contact: 
1m.arvores@gmail.com