Contraste da vida de Lisboa e meio rural

Uma coisa que encontro engraçado de partilhar, porque também é engraçado constatar.

A minha família continua ainda em Lisboa, por razões de continuidade da escola do meu filho e carreira profissional da sua mãe. Por essa razão venho cá frequentemente passar alguns fins de semana.

O curioso é a forma como a minha forma de ver e sentir a cidade vai mudando.

  • Não sinto a mínima saudade nem falta da cidade.
  • Os cheiros começam a ser incomodativos, desde os horríveis escapes automóveis, até aos perfumes activos com que muitas pessoas se encharcam e que me deixam agoniado.
  • O barulho é ensurdecedor, sendo o som quase continuo das sirenes, absolutamente irritante, exagerado e insuportável.
  • É difícil encontrar beleza neste espaço, estando a ficar habituado à visão dos grandes espaços e horizonte.
  • O Sol que quase não chega às ruas.
  • A imensidão de pessoas que circulam apressadas como formigas. Este elemento deixa-me completamente confuso e desorientado.  Incrível a constatação de um local, onde por metro quadrado existe uma enorme densidade de pessoas, contrastando com o local onde estou, onde numa área do tamanho da grande Lisboa, existem no máximo uma 50 pessoas.
  • A falta de sentido que esta forma de viver começa a ter, sendo por vezes muito estranho observar os hábitos e tiques dos locais.
  • A constatação de que o estado de espírito dos Lisboetas anda muito em baixo, muitos poucos sorrisos, pessoas muito alienadas como  que a viver em mundos paralelos.
  • Uma certa impaciência por achar aborrecido e entediante estar aqui, sem nada de muito interessante para fazer ou ver (faça-se excepção a alguns eventos artísticos e culturais.


No final e concluindo: Se sinto falta da cidade ou me arrependo da decisão?

NEM UM BOCADINHO