O envolvimento social



Acerca de um comentário colocado por um leitor, surge pertinente questionar a eventual situação de isolamento, ou não, de uma iniciativa deste tipo.

No meu caso volto para uma região que já conheço  e por isso, se precisar, tenho o contacto com outras iniciativas que já existem localmente e no mesmo âmbito.

Assim e paralelamente,  proponho-me também algumas iniciativas de dinamização social e também de mobilização de esforços conjuntos com outros agentes locais.


Por outro lado e muito importante, é a minha colaboração com o festival Boom, que se assume actualmente como um pólo de dinamização de iniciativas locais (nacionais e internacionais também) para a sustentabilidade e vida rural ecológica, pelo que inclusive, estão a preparar contextos para disponibilizar todo um serviço de apoio a pessoas que se queiram fixar na região, criando para tal todo um conjunto de incentivos a fixação de população e iniciativas, desde o apoio técnico na implementação de agricultura, e sistemas em Permacultura e inclusive uma bolsa de terrenos disponíveis para venda, apoios oficiais, etc.


Concluindo, a minha visão é de que, num contexto das actuais realidades sociais e culturais, é fundamental fornecer aos interessados, algo que os livros e a tecnologia não podem – a aprendizagem experiencial. Se conseguimos projectar os modelos para que crianças e adultos conectem directamente com a natureza e os sistemas vivos, integrando essa experiência na atitude, estaremos a educar a geração actual e seguinte, que encaram ambientes sustentáveis mais como um ponto de partida do que uma mera possibilidade.

Passos a dar

  • Produção de todo um programa de actividades multidisciplinares e interligadas, desenvolvidas com o objectivo principal de criar nos utilizadores e/ou visitantes, a sensação de contacto com uma cultura ainda viva que na sua dinamização e apresentação, privilegia a relação de respeito e afectividade entre natureza e humanidade. A sensibilização e educação para o ambiente e sustentabilidade.
  • Estimulo da criatividade, numa perspectiva de interacção, de modo a conseguir a valorização, promoção e sensibilização para estes três factores, e também para o que são as nossas raízes culturais.
  • Fortalecimento da consciência crítica do indivíduo e em consequência da sua atitude participativa na sociedade
  • Divulgar as temáticas ambientais da actualidade, disponibilizando informação, recursos educativos e actividades aos visitantes, incrementando a sua literacia ambiental;
  • Envolver a comunidade num processo de reflexão participada e consciente sobre os problemas ambientais locais e respectiva proposta de soluções, rumo ao exercício de uma cidadania efectiva;
  • Promover a aquisição de novos valores, atitudes e comportamentos face ao meio envolvente e o desenvolvimento de competências ambientais;
  • Incentivar a adopção de estilos de vida mais saudáveis e padrões de consumo mais sustentáveis, promovendo o aumento da qualidade de vida.
Este é o modelo e forma da iniciativa, mas respondendo á pergunta do leitor:

Fazer a mudança sozinho ou em conjunto?
Em conjunto é muito mais vantajoso e fácil, claro, salvaguardando que a gestão das relações humanas a médio-longo prazo, por si só, pode ser um dos maiores desafios de iniciativas para a mudança para o campo. Em grupo...

1 comentário:

Gonças disse...

Se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai com alguém!
Ou alguém vai contigo! ;o)