Os Jardins e parques urbanos na educação e sensibilização ambiental



"(...) A médio e longo prazos, a chave central desse futuro sustentável da política de ambiente passa, sem nenhuma dúvida, pelo entendimento da Educação Ambiental como elemento decisivo da competência cívica do nosso tempo: nos dias que correm não se pode ser cidadão sem algumas competências ambientais mínimas. Trata-se de uma outra e nova forma de alfabetização. Essas competências que hoje se afirmam e desenvolvem nas escolas, no trabalho muitas vezes silencioso e invisível de animadores culturais, de professores, de organizações não governamentais, são tão fundamentais como o foram e sempre serão o ler, o escrever e o contar."

Viriato Soromenho-Marques, O Futuro Frágil, 1998


Actualmente, a inter relação do homem com a natureza, assume na exploração dos recursos naturais a sua mais directa e importante influencia.

Quando acompanhada de respeito, sensibilidade, dedicação e arte, as actividades desta índole tornam-se a forma mais eficaz de proteger o meio ambiente e a natureza, as culturas das sociedades rurais e as pessoas que as mantêm vivas.

O incentivo às práticas do desenvolvimento sustentado, assumem cada vez mais um papel preponderante na continuidade e manutenção de práticas e atitudes que protejam o meio ambiente, natural e humano, mantendo paralelamente a capacidade de regeneração e enriquecimento dos recursos naturais

É no modo de apresentação que se favorecem os factores pedagógico e didáctico desta relação, através de actividades específicas que possibilitam ao “utente” de umas, poder igualmente usufruir, aprender e enriquecer com as outras.

Por outro lado procura-se a actualização dos conhecimentos técnicos (do projecto e parceiros) através da formação contínua e do intercâmbio de conhecimentos com outras entidades nacionais e estrangeiras.

Neste contexto pretende-se, para além da componente educativa e didáctica, o reforço das condições efectivas de protecção e valorização do património Natural e cultural, através de várias acções de educação Ambiental e de conservação da Natureza, concebidas para o efeito, afim de que estas espécies possam a coexistir com o homem numa relação salutar e harmoniosas em contraposição ao crescente desinteresse e incompatibilização “necessidades”, o que só acontece pela ausência da informação e sensibilização, pelo que urge fazê-lo afim de que não se perca esta riqueza, que não é só material e de essencial importância para a nossa sobrevivência, mas também altamente enriquecedora do ponto de vista da estimulação dos nossos sentidos e pensamento positivo, ao nível da imaginação e da consciência e compreensão das coisas, tão fundamental e característica da condição humana.

Só a nós compete escolher a atitude a ter perante a vida e os seus fenómenos e maravilhas (a nossa e toda a restante), mas no plano existencial, a estimulação ou diversificação das escolhas é fundamental para um rumo maioritário e positivo, e é esta a principal escolha, ser positivo e sensível, construtivo e consciente ou negativo, insensível e desinteressado e semi-apático ao que se passa à sua volta.

Informar , ensinar e partilhar, parece-nos um factor essencial é é sobretudo nesta perspectiva que é pensado este projecto, na sua continuidade de varias temáticas, que é Belgais, pois este é mais que uma estrutura, mas sim uma filosofia, um modo de estar na vida e sociedade,

Actualmente, a inter-relação do homem com a natureza, assume na exploração dos recursos naturais a sua mais directa e importante influência.

Quando acompanhada de respeito, sensibilidade, dedicação e arte, as actividades desta índole tornam-se a forma mais eficaz de proteger o meio ambiente e a natureza, as culturas das sociedades rurais e as pessoas que as mantêm vivas.

O incentivo às práticas do desenvolvimento sustentado, assumem cada vez mais um papel preponderante na continuidade e manutenção de práticas e atitudes que protejam o meio ambiente natural e humano, mantendo paralelamente a capacidade de regeneração e enriquecimento dos recursos naturais.

A educação ambiental actual estrutura-se em torno do objectivo global da biodiversidade e sustentabilidade. Esse objectivo é a sua razão de ser, que jamais deverá ser esquecida. O encontrar novos caminhos de relação com os sistemas vivos, que não comprometa a capacidade de sustentação da vida sobre a Terra

Neste sentido convém salientar que o desenvolvimento sustentável é um caminho onde se procura equilibrar três grandes sistemas: o ecológico, o social e o económico. Assim, uma educação promotora dum tal desenvolvimento terá de abarcar o conhecimento, a reflexão e a prática que permitam equilibrar estes três componentes da vida humana no tempo. Neste contexto de designação convencional, permito-me aqui acrescentar o elemento humanista propriamente dito, pelo estímulo e valorização assumidos das características mais intrinsecamente humanas, dos afectos, das sensibilidades e da criatividade.

Num contexto puramente de uma grande cidade em que os referidos ecossistemas naturais se encontram a razoáveis distâncias de deslocação, os jardins assumem um contexto de relevância fundamental para o contacto directo da população com as dinâmicas e valores naturais no seu quotidiano comum.

Nesta abordagem, os jardins históricos, botânicos e urbanos em geral, tanto pelas suas dimensões, antiguidade e diversidade floristica, são um meio especialmente privilegiado para a sensibilização e divulgação da reaproximação da natureza as pessoas.

Pode-se ainda acrescentar que tendo em conta o elemento sensorial e de estimulação das afectividades, a cuidada beleza que esses jardins apresentam, é uma relevante mais valia para a prossecução dos objectivos.

"Cultivar Biodiversidade"

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