Regeneração pós fogo


Intervenções regenerativas no pós-fogo


Em Agosto passado, um violento incêndio aconteceu na encosta de Marvão, provocado de forma negligente por estruturas da EDP, que sacudiu responsabilidades.Este fogo queimou quase 100 hectares de floresta, composta por Pinheiro bravo, sobreiros, carvalhos, castanheiros e uma mancha de cerca 10 hectares de mimosas.


Desde então, os proprietários, a empresa Rpbk em Marvão e com o aval e colaboração do Icnf, que de forma exemplar e meritória (infelizmente pouco usual), aceitaram levar aqui a cabo toda uma série de intervenções na abordagem da ecologia regenerativa.
Eu aceitei o desafio técnico, com gratidão e assim iniciamos esta aventura. 






De forma muito resumida, foram primeiro cortadas a maioria das árvores mortas e depostas em faixas ao longo das curvas de nível, para contenção de erosão e proteção das sementeiras de novas árvores. Algumas foram deixadas, ainda que secas, mas para abrigo e pouso de aves, insectos e outros .






Nessas faixas foram semeadas milhares de bolotas de sobreiro, carvalhos e azinheiras. Algumas já começaram a nascer apesar do Inverno e Primavera secos.
Nas linhas de água de grande declive, também foram construídos muretes de pedra., também para contenção da erosão de sólos e cinzas.





Por fim, foi ainda espalhada muita semente de rosmaninho, carqueja e mais algumas espécies de herbáceas pioneiras, para a mais rápida cobertura vegetal do solo, fixação e deposição de carbono.





As mimosas estão a ser alvo de intervenção mais específica, que um dia destes explico por aqui.


Durante o mês de Maio será Feita a monitorização dos sobreiros queimados, para concluir quais estão a regenerar saudáveis e quais necessitam de algum










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