O actual estado do Mundo: Crise ou oportunidade?

A tão chamada crise económica no presente é quanto a mim e de forma muito clara uma oportunidade para uma reorientação ecológica da economia e  da orientação sócio-cultural da população dos países industrializados. Encare-se nem que seja na perspectiva de uma abordagem positiva e construtiva de que, "o copo não está meio vazio, mas sim meio cheio". 

Conseguir aplicar uma nova abordagem da sustentabilidade tanto na dimensão cultural, do imaginário colectivo e da subjectividade, quanto na dimensão social, nas formas de produção da subsistência humana e alimentação conseguindo inclusive dar novos contornos e substância ao conceito. Ter como base a Permacultura para uma nova visão do mundo incrementando a prática da ecologia individual, social e para o planeta como ferramenta num processo de transformação interna e externa.


O conceito de sustentabilidade tem vindo a ser construído e reconstruído, de vários prismas e formas de abordagem, desde os anos 70, resultado de muitas convulsões sócio-ambiental e nas dinâmicas sociais e ambientais. A falência ou esgotamento de muitos dos modelos tidos até recentemente como ideais e como tal, em posição dominante, criou o imperativo de rever o conceito de sustentabilidade Nas suas várias abordagem possíveis de uma forma multidisciplinar e transversal, devendo propor-se a conseguir facultar uma nova visão e abordagem do mundo e seus mais prementes problemas actuais a que comummente se convencionou chamar de "crise". O planeamento em Permacultura no contexto mais rural e os movimentos de transição, no contexto mais urbano, estão muito próximos de ter o sucesso onde todos os outros falharam


Este excerto de um documento do movimento "Cidades em transição", ilustra bem este pressuposto:
“Cidades em Transição”, como são conhecidas, são a soma de movimentos localizados que tem como alvo a mitigação dos efeitos das futuras crises criadas pelo aumento do preço do petróleo e da mudança climática. São cidades – e cidadãos – que decidiram fazer uma profunda mudança de paradigma para que seja alcançado um modelo mais sustentável que possa ser marcado pela auto-suficiência (reduzindo os impactos ecológicos) dar suporte à energias alternativas, construir cidades mais habitáveis e contribuir para um consumo local e responsável. 

Essas cidades desejam aprender com as suas histórias para construir um futuro melhor. No passado, os produtos eram feitos nas cidades ou em seu entorno e os habitantes desses centros urbanos aprenderam a obter maior eficiência do uso de recursos locais. Isso permitia que as cidades estivessem melhor preparadas para momentos de crise. 


A mudança de paradigmas afecta todos os aspectos das cidades: o meio ambiente (reduzir os impactos ecológicos, recuperar, reciclar, promover energias renováveis, etc.), o modelo de crescimento da cidade (promover a cidade compacta), a qualidade de vida das pessoas (com cidades construídas por pessoas para pessoas, pensando nas futuras gerações), e inovações urbanas (cidades mais inteligentes e eficientes). "

Este filme de seguida apresentado é mais uma excelente achega para ilustrar de modo bastante clara aquilo que pretendo transmitir:



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