Telhados verdes como solução de sustentabilidade urbana

Este artigo foca a vantajem na utilização de tecnologias sustentáveis, que reduzem e mitigam os impactos negativos criados por superfícies impermeáveis ​​numa área ultra-urbana. Actualmente, 85 por cento da área da cidade de Lisboa está coberta por superfícies impermeáveis, tais como estradas, edifícios e estacionamentos. A deficiência grave de drenagem geralmente começa quando a quantidade de impermeabilização numa bacia hidrográfica atinge os 10 por cento.

Actualmente e no mundo, relativamente a grandes cidades, os técnicos de ordenamento estão a tentar utilizar um número de ferramentas e alternativas do ponto de vista da arquitectura e ordenamento urbano, afim de proteger as bacias hidrográficas das pressões de um maior crescimento urbano pela construção, sendo um problema reconhecido e  assumido, mas na verdade e prática corrente, este problema é muitas vezes negligenciado com consequencias que se vão verificando regularmente em desiquilibrios e que tenderão a aumentar, tanto mais que as solução se vão adiando e as mais práticas acumulando.

Considerando que o telhado "verde" a aplicar em estruturas com telhados planos ou inclinados é uma técnica que a ser utilizada num misto de arquitectura, engenharia civil e paisagismo, pode ser fundamental para mitigar a degradação ambiental relacionada com a quantidade crescente de superfície impermeável e em simultâneo promover espaço verde adicional, algo de que uma cidade como Lisboa, carece em extremo.
Países como a Alemanha têm enfrentado problemas semelhantes na bacia hidrográfica urbana. A Alemanha tem sido visto como um líder em sustentabilidade. Por exemplo, instrumentos de política como o "imposto sobre a superfície impermeável", que obriga os proprietários a pagar pela limpeza e escoamento de águas pluviais atribuíveis à sua propriedade, tem impulsionado uma tendência nacional para os telhados verdes. Através da plantação de gramíneas e plantas carnudas sobre o telhado, a chuva é absorvida, limpa e depois descarregada lentamente no ambiente natural. É estimado que mais de cinco por cento dos edifícios residenciais e comerciais na Alemanha, têm telhados verdes
Este recurso é extremamente eficiente para reduzir os impactos humanos sobre o meio ambiente atribuíveis a construção de instalações. Pela capacidade de reter água da chuva, melhorar as propriedades de isolamento térmico e economizar energia, prolongar a vida útil do telhado, reduzir as temperaturas do ar ambiente e, assim, atenuar o efeito de ilha de calor urbano, a fixação de poeira e partículas em suspensão, e fornecem o habitat para as aves, abelhas e borboletas.
Os telhados verdes são fundamentalmente divididos em duas categorias, intensivos e extensivos. Os intensivos geralmente consistem de um solo ou substrato com a espessura capaz de suportar o crescimento de raízes de árvores e arbustos maiores. São sistemas pesados ​​e, portanto, podem ter importantes implicações estruturais do edifício.
Os telhados ecológicos extensivos têm normalmente uma camada fina de solo ou substrato. São sistemas leves com o mínimo de implicações estruturais do edifício. Uma das limitações funcionais da adaptação de um edifício com um telhado verde é a capacidade de sustentação de peso da estrutura do telhado existente.Por este motivo, os telhados verdes leves (média de solo com 2-4 cm de espessura) estão a tornar-se cada vez mais populares pela capacidade de proporcionar benefícios ambientais e de vida.
No entanto, antes que se possa considerar um telhado verde para uma estrutura existente, o engenheiro deve realizar uma análise estrutural do sistema de armação do telhado para garantir que pode suportar a carga extra.
O telhado verde consiste numa caixa de madeira forradas com um painel isolante rígido em PVC, seguido de uma membrana de cobertura. Os canteiros ficam situados mesmo em cima da membrana de cobertura. O substrato de plantação é constituído de 75 a 85 por cento de rocha inerte com 15 a 25 por cento de matéria orgânica. Este material inerte é importante para o sucesso a longo prazo do telhado verde. Ao longo do tempo, um solo totalmente orgânico decompõe e desgasta-se.
Para eliminar a carga para a contínua perda de solo, este inerte é ​​usado para prevenir a compactação e manter a porosidade do solo necessária para a retenção de água e oxigénio. Os telhados verdes são um investimento a longo prazo, para que se esteja a instalar um sistema que irá exigir uma manutenção contínua, com reposição de solos e plantas.
Um argumento convincente no design sustentável para os telhados verdes é o de que prolongam a vida de telhados convencionais, protegendo contra a radiação ultravioleta e variações extremas de temperatura, as duas principais fontes de degradação da membrana do telhado. Nos telhados de betão convencionais, por exemplo, as temperaturas podem oscilar anual até aos 170 graus. Os telhados verdes, no entanto, reduzem drasticamente o diferencial de temperatura.
Um estudo realizado pelo Departamento de Meio Ambiente de Chicago descobriu que em um dia de 35 graus, a temperatura da superfície de um telhado asfalto chegou a 100 graus centígrados, e num telhado verde foi de apenas 45 graus.
Os telhados verdes não só economizam dinheiro pelo prolongamento da vida útil de membranas de impermeabilização, como também o a curto prazo, resulta em poupança pela eficácia no isolamento térmico de edifícios e redução do consumo de energia.
Pesquisas mostram que os telhados verdes podem reduzir os custos de energia em metade, no verão e 25 por cento no Inverno.
Os alemães têm testado a construção de telhados verdes nas últimas décadas, com respectiva experimentação de plantas a utilizar nestas circunstâncias, mas o clima é mais ameno que o nosso, e algumas plantas bem sucedidas na Alemanha muitas vezes desaparecem sob as condições quentes de verão nos países do sul.
Nestas regiões m ais quentes recomenda-se o recurso a espécies do género sedum, tomilhos e géneros Sempervivum, e outras espécies mediterrânicas resistentes a condições agrestes, tendo em conta o factor da viabilidade a longo prazo.
Um telhado verde é mais fácil de compreender que comummente se acredita. O peso de um telhado verde extensivo é semelhante ao de lastro de cascalho, pelo que as melhorias estruturais não são sempre necessárias. Um telhado verde com três a quatro centímetros de espessura para plantação, vai ser muito eficaz em reduzir o escoamento de águas pluviais, melhorar a eficiência energética de um edifício e adicionar um espaço verde.
A simplicidade de design aparente de um telhado verde e seus benefícios significativos, oferecem um grande potencial para os telhados de várias cidades dos Mundo. Á medida que os gestores se tornem mais familiarizados com a tecnologia e o desempenho, estes serão capazes de ultrapassar a resistência para a instalação, baseados no pressuposto de temores infundados que vão vazar ou ser demasiado pesados com a carga adicional. Talvez também em Portugal e à semelhança de outros países, venha a ser a curto prazo, um recurso na concepção para as novas construções, uma vez que no caso das construções antigas a telha e respectiva estrutura dos telhados não proporciona um meio adequado para esta técnica.

Conhecer e amar o solo

Cultivar assenta sobre toda a actividade de e para a terra  e não somente no contexto da agricultura, o termo pode significar também , cultivar a relação com a Natureza, cultivar o respeito e conhecimento,  embora haja muitos intrincados detalhes e sistemas para aprender. Uma das principais regras base do "cultivador" (entenda-se permacultor) é acrescentar sempre matéria orgânica e composto ao longo do tempo e processos e esperar o melhor. Todos os organismos necessitam de alimento e a terra como macro organismo não é excepção.
O segundo é sempre prestar atenção ao que as plantas "dizem" e interagir com isso.

Matéria Orgânica

Por matéria orgânica entende-se o material vegetal e animal que existe no solo em processo de decomposição. Isso inclui restos animais, composto, folhas caídas, palha, aparas de relva, algas e todos os restos de material vegetal. A matéria orgânica é a base da vida do solo, melhora a estrutura do mesmo, mantendo a humidade, alimentando as minhocas, milhares de outros pequenos insectos e micro-organismos libertando por outro lado uma grande quantidade de nutrientes para as plantas.

É importante para a saúde do seu terreno a longo prazo, estar constantemente a adicionar matéria orgânica. Neste artigo estão algumas sugestões de como manter um solo rico e saudável, com o foco na matéria orgânica como o principal aditivo e com materiais que geralmente estão disponíveis no ambiente urbano.

Os três principais nutrientes

O azoto (nitrógénio) no solo promove o crescimento rápido do caule e folhas com uma cor verde escuro. A deficiência de nitrogénio causa amarelecimento nas folhas e crescimento atrofiado. O nitrogénio é lixiviado para fora do solo pela escorrência da água, por isso muitas vezes é necessário adiciona-lo várias vezes durante a temporada. As fontes de nitrogénio incluem café moido, estrume de gado (ovelha, galinha e cavalo, que pode ser encontrado em picadeiros ou pequenas explorações familiares nos arredores da cidade), aparas de relva. O nitrogénio é facilmente lixiviado (lavado) do solo e deve ser reposto usando a matéria orgânica em toda a época de culturas.

Minhoca
O cloreto de potássio / potássio é essencial para os processos vitais das plantas, incluindo para o desenvolvimento de frutas, flores e sementes. Plantas com falta de potássio tendem a crescer mais lentamente e as pontas e bordas das folhas ficam mosqueadas de amarelo. As  fontes de potássio poderá ser principalmente bagaço de azeitona que facilmente lhe será dado por um  qualquer lagar de azeite onde passe num  a viagem pelo campo.

O fósforo estimula a formação de raízes precoces e é necessári0 para a desenvolvimento de frutas, flores e sementes. Plantas com deficiência em fósforo são frequentemente pequenas e finas, as folhas são verdes foscas com tonalidades púrpura. Fontes de fósforo incluem fosfato de rocha (extraído de depósitos de rocha e argila) e farinha de ossos (ossos de animais).
Composto


Borras de café

O composto deve ser o principal recurso para manter o solo rico e saudável. Com uma dieta equilibrada, de uma compostagem bem feita, que utiliza ingredientes variados, terá a maioria dos nutrientes que seu terreno precisa. O ideal será adicionar o composto quando seja iniciada uma nova cultura ou plantação. O composto é também importante para a manutenção do pH do solo para neutro.
Moagens do café  que são ricas em nitrogénio, podem  ser adicionadas á pilha do composto ou directamente no canteiro. Por outro lado também são ácidas, e numa região como Lisboa, predominantemente calcária, poderá ser útil para diminuir o pH, Em solos ácidos será melhor não adicionar directamente e sim para o composto onde essa acidez diminuirá e será diluída nos outros elementos. Se por outro lado quiser neutralizar o pH, pode adicionar á terra pó de conchas, ou cascas de ovos esmagadas  poiis são alcalinos.

Ovos: Para adicionar cálcio para a terra, mas também elevar o pH, tornando-os uma boa alteração para solos ácidos. Se você for adicioná-los directamente para o solo, será melhor  triturá-los em um pó primeiro. Experimente pedir num restaurante ou pastelaria local, se guardam algumas cascas. Há também lojas em que se podem comprar correctivos tais como farinha, ossos, farinha de algas, alfafa e fertilizantes orgânicos. Estes podem ser úteis por vezes, se estiver a lidar com uma deficiência ou carência grave de nutrientes,

Cobertura de solo (Mulching)

Pilha de compostagem doméstica
Usando os materiais inertes lenhosos para colocação em cobertura do solo, em torno e entre as plantas. Alguns materiais que para mulch são palha, folhas caídas, pedaços de relva cortada, cascas de frutos secos ou de troncos e algas.

A cobertura de solo ajuda a evitar as ervas, retem a humidade e também adicionam matéria orgânica para o solo, decompõe-se, alimenta os vermes e estimula a actividade de micro-organismos. Também ajuda a manter a temperatura do solo e estruturas mais estáveis no tempo frio ou calor extremo. Certos ricos de coberturas ricas em carbono (como palha, folhas, etc.) no momento de crescimento das culturas, pode esgotar o nitrogénio no solo porque os micro organismos que decompõem a matéria orgânica  consomem  nitrogénio no processo. Se  fizer isso,será conveniente adicionar matéria orgânica que seja rica em azoto, em simultâneo..
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As culturas de cobertura e adubos verdes
São culturas que plantadas não para serem colhidas, mas para voltar para o solo. Existem três principais razões para usar plantas de cobertura: para manter o solo coberto quando nada não se tem culturas em desenvolvimento,
Fazer crescer matéria orgânica para adicionar ao terreno, atracção de nutrientes do fundo do solo e 'correcção' de forma que o a colheita seguinte possa dispor dos nutrientes.
Se quiser manter o solo coberto no inverno, o centeio é uma óptima opção e pode ser semeado em qualquer momento entre o final de Agosto e início de Outubro. Permitir que cresça até a Primavera, depois cortá-la e incorporar no solo, dando-lhe duas semanas para iniciar decomposição antes de nova plantação.
Se quiser adicionar azoto (nitrogénio), use uma leguminosa como cultura de cobertura (alfafa, trevo, fava, ervilhaca), semeada no Outono e esperar que ela cresça uma temporada inteira antes de incorporar no solo ou cortar para adicionar á pilha de compostagem.

Rotação de culturas

É sempre uma boa prática movimentar as suas culturas de local de uma estação para a próxima. A primeira razão para isso é que diferentes plantas  utilizam diferentes nutrientes e por isso é bom alternar os locais de cultura. A segunda razão é que se aconteceu uma doença ou praga numa cultura, é importante passar essa cultura para um nova área, para ajudar a evitar o mesmo problema novamente. Numa pequena horta mude sempre os locais de culturas de leguminosas /fava, ervilha, feijões), pois são bons em trazer azoto ao solo. As culturas que venham a seguir a leguminosas vão beneficiar bastante com isso 

Adições ao solo


Algas e limos
Algas Marinhas: Nas zonas costeiras é muito fácil  de obter e use como cobertura morta, no composto, ou adicionar directamente ao solo.  Têm muitos nutrientes importantes A alga Kelp é particularmente boa por conter bioactivadores, que acordam  os micróbios do solo para ajudar a decompor a matéria orgânica e torná-la disponível para as plantas

Aparas de relva: Uma boa fonte de azoto para o solo. Podem ser usadas como cobertura, embora se decomponham rapidamente o que implica q necessidade de renovar regularmente, ou então usar na pilha de compostagem. Peça  vizinhos ou empresas de jardinagem que geralmente oferecem de bom grado, no entanto será fundamental certificar-se que os relvados provenientes, não são pulverizados com produtos químicos 8coisa muito corrente em relvados.

Folhada: fazem uma boa cobertura e também podem ser adicionadas no composto. São ricas em carbono, por isso, se colocar directamente no solo , não se esqueça de adicionar uma fonte de azoto como já referido. 

Adubo animal: O estrume fresco é um óptimo complemento para o composto, e uma vez bem decomposto pode ser adicionado directamente na horta ou jardim. Diferente estrume animal  contêm diferentes nutrientes, sendo que ovelha, galinha e cavalo, são mais ricos em azoto.
Cinzas de madeira : Uma fonte importante de cálcio e potássio. Também sobem o nível de PH, auxiliando na correcção de um solo ácido. Utilize as cinzas de madeira cuidadosamente, certificando-se de não alterar o Ph demais ou muito rapidamente.

O PH do solo



Escala de PHdo solo


O PH é uma escala que mede se o solo é ácido, neutro ou alcalino, indicados por números de 0-14, sendo 0 extremamente ácidas e 14 sendo extremamente alcalina. A maioria das plantas preferem um solo neutro,  intervalo de 6-7. Assegurar que o pH é quase neutro é importante, pois os nutrientes não são acessíveis às plantas se o solo é excessivamente ácido ou alcalino. Isso resultará em crescimento atrofiado ou folhas descoloridas.
Se não souber o PH do solo, é possível analisar, ou enviando-o para um laboratório, ou com um  kit caseiro de análise. Na maioria das vezes poderá perceber se há um problema com o seu solo simplesmente olhando para as plantas. Se tiver tratado e regado as plantas, com o terreno devidamente estrumado mas ainda estão se verificam plantas ou folhas descoloridas e atrofiadas, será melhor testar o PH. No entanto, se o jardim é produtivo e viçoso, então provavelmente tem um  pH do solo neutro.

Como mencionado acima, adicionar continuamente composto é uma óptima maneira de manter o equilíbrio do pH do solo e mantê-lo o neutro. No entanto, se encontrar um grave desequilíbrio em seusolo há alterações que pode fazer para fazer voltar ao neutro. O melhor é fazê-lo gradualmente ao longo do tempo, observando como as plantas respondem.

Se o solo é excessivamente ácido, acrescentar cinzas de madeira, cal e cascas de ovos irá aumentar o PH Se o solo está muito alcalino, compostos de enxofre, ureia, ou borras de café pode ajudar a diminuir o pH.

Bom trabalho e boas colheitas



Sustentabilidade ambiental: As crianças podem fazer a diferença?

Preservar o meio ambiente hoje, garantindo que esse trabalho será continuado pelas gerações futuras é uma ideia que ainda está em debate e pesquisa, mesmo em época de tecnologia avançadas e da informação global.

Os jovens de hoje já começam a ser expostos a esses conceitos, mas estas questões são muito complexas. Como pode uma criança que ainda vê o mundo em termos simples e sem estar no controle das coisas, entender essas grandes ideias e compreender a diferença, naquilo que implica formar a sua própria atitude?

Na actualidade, ensinar os jovens tem uma enorme influência sobre o futuro do planeta através da implementação de pontos de vista responsáveis ​​perante os aspectos do ambiente. Ao aprender esses hábitos com uma tenra idade, as crianças estão mais aptas a continuar com essas práticas para a vida adulta. Na verdade, há miúdos de hoje em todo o mundo que já fazem a diferença na atitude de sustentabilidade para o ambiente.

Severn Suzuki é um exemplo de uma criança que assinala uma diferença positiva no mundo. Ela é reconhecida pelo seu discurso na cimeira da Terra das Nações Unidas em 1992 e que inspirou milhões de pessoas. Conhecida como "A menina que calou o Mundo ", no discurso exigiu aos adultos" para parar de destruir o que não podem consertar e para assumirem hoje a responsabilidade por acções que evitem mais destruição no futuro. Seu discurso tem trazido muitas pessoas às lágrimas com suas palavras influentes, inclusive eu, e ainda hoje é relevante.

Mais recentemente, outro menino de 10 anos de idade, Ta'Kaiya, ganhou a atenção dos deputados  no aniversário do derrame de crude do Exxon Valdez . Com a ajuda do professor de canto, Ta'Kaiya escreveu uma canção em resposta à proposta da construção de 1.170 km de oleodutos para trazer o óleo sujo das areias betuminosas de Alberta. Isso significaria a passagem pela Great Bear Rainforest, destruindo uma região bonita e ecologicamente importante. O seu vídeo foi visto mais de 5.000 vezes no Youtube e enviado directamente para Ministérios, com a mensagem geral de assumirem a responsabilidade pelo que acontece no meio ambiente e para perceber as consequências das nossas acções.

Na sociedade de hoje, mais e mais livros e programas de TV para crianças estão a focar aspectos do ambiente afim de ensinar a responsabilidade ambiental desde cedo.

De Shel Silverstein, "A Árvore Generosa" é apenas um dos muitos exemplos da literatura tentando fazer crescer nos jovens, a consciência de ser ambientalmente responsável. 

Ensinar as crianças a cuidar da Terra é uma das melhores maneiras de garantir um futuro melhor para eles e para as gerações seguintes. N os adultos actuais a esperança é pouca e as provas dadas ainda são menores.
As crianças podem fazer uma enorme diferença. Geralmente, é um desafio para conseguir que os adultos, que têm má formação demasiado implantada para conseguir mudar hábitos, mas as crianças ainda estão em desenvolvimento. As crianças também são mais sensíveis ​​de se sentir ultrajados por informações sobre o que está acontecendo de mau com o meio ambiente e são naturalmente ansiosos e inconformados, para fazer algo afim de melhorar a situação.
Ao apresentar as questões ambientais às crianças, eu acredito que é essencial dar a referência aos filhos para uma acção construtiva e viável. Não basta nunca apresentar situações como erradas ou problemas, é preciso que para cada coisa negativa exista uma solução construtiva, ainda que pequena e pouco significativa.
A acção funciona melhor se eles se envolvem e interessam, e das crianças com mais frequência surgem grandes ideias. E de cada vez que uma ou algumas de suas ideias sejam postas em prática, irão ter o prazer da sua primeira mudança que faz a diferença e coerência. As questões podem ficar mais e mais complexas à medida que a criança se desenvolve, mas que é igualmente acompanhada pela sua capacidade para o pensamento crítico e resolução de problemas. Os nossos jovens vão então, estar prontos para tomar as questões ambientais em conta, não importa a escolha de carreira ou profissão que escolherem.

Precisamos partilhar informações adequadas à correspondente idade dos filhos, e criar experiências de aprendizagem que inspirem a curiosidade, o pensamento crítico, a tolerância e compaixão, que representam oportunidades para que sejam positivos e construtivos.

E, sempre que possível, levar as crianças a interagir directamente com a natureza, brincar e apaixonar com a terra. Se eles estão conscientes, ligados e a sentirem-se parte da natureza - são mais propensos a lutar por ela.

Documentos de Permacultura, Agricultura e Educação ambiental para download

Apresento aqui alguns documentos sobretudo obras de referência no campo da Permacultura, e outras vertentes em sustentabilidade dos recursos naturais e vida ecológica: Gradualmente irei colocando disponíveis outras obras:

USUFRUAM PORQUE VALE A PENA.

1. A grande obra de Fukuoka, "A revolução de uma palha" http://rapidshare.com/files/456738898/010140.fukuoka.one.straw.pdf

2. De um dos mestres mundiais da Permacultura, a explicação do conceito base para iniciados e curiosos: http://rapidshare.com/files/456738939/Fundamentosdapermacultura-holmgren.pdf

3. Sendo a Permacultura um modo de estar e uma atitude e não só uma prática, pode existir tanto no campo como na cidade, aqui são apresentados exemplos e formas de Permacultura urbana: http://rapidshare.com/files/456739051/Urban_Permaculture.pdf

4. Para quem já tem muitas bases e pouco orçamento para os dispendiosos cursos de Permacultura, este é um bom auxiliar para avançar com a prática:
http://rapidshare.com/files/456738921/41036918-Curso-de-Design-Em-Permacultura.pdf

MÃOS À TERRA

Esta Primavera e Verão vamos lançar uma actividade que se pretende seja mais uma forma de impulso naquilo que temos vindo a defender, no contexto de retoma e revitalização dos pequenos quintais de Lisboa como elementos de fomento à biodiversidade ou sustentabilidade urbana, na retoma das raízes culturais de ligação á Terra.

Propomos a quem tenha quintais em Lisboa e que estejam em estado de abandono ou com intenções de intervenção que os vocacionem ou para a função de jardim ecológico de abrigo para fauna selvagem e contemplação da biodiversidade ou por outro lado para uma horta biológica.

Como pode funcionar?

Imagine que tem um desses quintais e quer fazer uma intervenção para o transformar em horta biológica ou jardim comestível mas não sabe como o fazer.

Organiza-se a realização de um curso em bio-horta a realizar no dito quintal e durante o referido curso o jardim será totalmente remodelado e a horta instalada pelos formandos e formadores (e também o dono do quintal, a aprender).

Todos beneficiam, o proprietário fica com a sua horta e recebe a formação para a continuar.
Os participantes desfrutam de um curso verdadeiramente prático em que irão realmente fazer o trabalho, ficando perfeitamente habilitados e familiarizados com as várias questões, dificuldades ou obstáculos, assim como do conhecimento técnico para o fazer.

Paralelamente recebem  durante o processo a formação teórica que precisam. Mas a grande intenção desta modalidade é que os cursos sejam verdadeiramente práticos. Mãos na terra, mãos nas ferramentas, mãos nas plantas e sementes.

Mãos nos processos, não há melhor forma de integrar conhecimentos e percepcionar a realidade, de ganhar mais estimulo e motivação, porque acreditem, é mesmo excitante esta forma de contacto com a terra e sua generosidade.

O repto é portanto duplo:
Para aqueles que querem aprender e para aqueles que querem ter.

Brevemente vai acontecer já a primeira iniciativa neste contexto.

Irão surgir tantas mais como pessoas com quintais adiram ao processo.

No dia 15 de maio será o primeiro curso prático de Bio-horta em quintal urbano, a acontecer na zona da Estefânia, em Lisboa.

Quem quiser pôr as mãos na Terra pode começar desde já a inscrever-se.

Mail: cultivar.biodiversidade@gmail.com
Telemóvel: 966237047

Agrotóxicos na Natureza e na Saúde Humana

Os efeitos ambientais dos agro-tóxicos

A utilização de pesticidas levanta uma série de preocupações ambientais. Mais de 98% dos insecticidas pulverizados e 95% de herbicidas chegam a espécies/vitimas diferentes daquelas às quais inicialmente se destinam e pretende, incluindo espécies não-alvo, como a água, ar e solo.
A dispersão de pesticidas ocorre quando os pesticidas em suspensão no ar como partículas, são levadas pelo vento para outras áreas, podendo contaminá-las. Os pesticidas são uma das causas da poluição da água, e alguns pesticidas, são poluentes orgânicos persistentes e contribuem em muito para a contaminação do solo .

Além disso, o uso de pesticidas reduz a biodiversidade e a fixação de nitrogénio, contribui para o declínio dos polinizadores , destrói o habitat  e recursos alimentares (principalmente de aves), e contribui para o declínio de espécies ameaçadas de extinção.

Por outro lado as pragas podem desenvolver uma resistência ao pesticida, necessitando de um novo pesticida e assim continuamente. Por vezes e em alternativa utiliza-se uma maior dose do pesticida para neutralizar a resistência, embora isso irá causar um agravamento de toda a cadeia de consequências no problema da poluição ambiental.

Por fim a exploração em monocultura (objectivo principal no uso e filosofia pelos herbicidas), resultam em profundos desiquilibrios e maior incidência de pragas, que levam a utilização de mais pesticidas e assim por ai fora.

Assumamos e não exista qualquer duvida disso, toda a nossa alimentação, que não está classificada e assumida como  biológica ou ecológica, provem de explorações agrícolas onde estes produtos são geralmente usados, o que equivale a dizer que toda a alimentação que consumimos está contaminada, em maior ou menor escala.
Incluindo os alimentos transformados, pois estes provêm de matérias primas agrícolas que sofrem dos efeitos de uso dessas práticas.



Em termos industriais, acresce ainda um facto (que embora possa ter menos consequências directas para o ambiente, tem maiores e mais nefastas sobre a nossa saúde) que os produtos alimentares industriais resultam da adição de inúmeros ingredientes químicos e de síntese, que por vezes chegam a ser bastante mais perigosos que os próprios pesticidas.



Efeitos sobre a saúde de pesticidas e intoxicações por agro-tóxicos
Um sinal de alerta sobre o potencial de exposição a pesticidas.

Os pesticidas podem causar efeitos agudos na saúde naqueles que a eles estão expostos. Essa exposição pode causar uma variedade de efeitos adversos à saúde e que podem variar desde uma simples irritação da pele e olhos, até aos problemas mais graves como aqueles que afectam o sistema nervoso, mimetizando as hormonas que causam problemas reprodutivos, e inclusive provocam o cancro.

Em 2007 a revisão sistemática concluiú que "a maioria dos estudos sobre a linfoma e leucemia apresentaram associações positivas com a exposição a pesticidas "e, portanto, concluíram que o uso de pesticidas e cosméticos deve ser diminuído.  Há também muitos indícios de outros resultados negativos na exposição a estas toxinas usadas na produção agrícola, incluindo neurológicas, defeitos congénitos, morte fetal e no transtorno do desenvolvimento neurológico.

A Associação Médica Americana "Recomenda limitar a exposição a pesticidas e a adopção e utilização de alternativas mais seguras:  Muitas incertezas particulares existem a respeito dos efeitos a longo prazo na já referida exposição e consumo que deve ser ao máximo, mantida em baixa dose e vigilância actual. Os actuais dados e sistemas são insuficientes para caracterizar o risco potencial de problemas relacionados ao uso de pesticidas e na relação das doenças relacionados com agro-tóxicos .
Considerando essas lacunas de dados, é prudente tomar medidas e informar para limitar a exposição de pesticidas e usar o mínimo de produtos químicos tóxicos assim como aditivos alimentares de síntese. "

A Organização Mundial da Saúde e do Programa Ambiental da ONU estimam que "Em cada ano, no mundo, 3 milhões de trabalhadores na agricultura dos países em desenvolvimento e desenvolvidos, sofrem graves intoxicações por pesticidas , dos quais cerca de 18.000 deles morrem. Segundo um estudo, anualmente, cerca de 25 milhões de trabalhadores dos países em desenvolvimento podem sofrer intoxicação leve por agro-tóxicos  .


Um outro estudo descobriu que os pesticidas, usados como recurso para o auto-envenenamento, foi o método eleito num terço dos suicídios realizados no mundo, e recomendou, entre outras coisas, mais restrições sobre os tipos de pesticidas e sua venda livre, relativamente aos que são mais prejudiciais para os seres humanos.

Acidentes com pesticidas 

O desastre no Bhopal ocorreu quando uma fábrica de pesticidas lançou 40 toneladas de metil isocianato (MIC) de gás, um produto químico intermediário na síntese de alguns insecticidas. O desastre matou quase imediatamente 2.259 pessoas e causou posteriormente pelo menos 15.000 mortes. Claro que nestas estatísticas só estão contabilizados humanos, pois se alargarmos o espectro de análise para seres vivos, provavelmente estaremos a falar de centenas de milhares de milhões.

Isto alastra a análise dos efeitos ambientais dos pesticidas, não unicamente para a sua utilização na agricultura, mas também e de modo nenhum menos grave ou com menos impacto, para o processo de produção, que de modo hipócrita geralmente empurrado para países de terceiro mundo, numa tentativa de maximizar lucros a custo de não cumprimento de normas e claro, a custo de vidas humanas, e tremendos impactos sobre ao ambiente e vida Natural.

Falamos portanto de homens que são criminosos, assassinos mandatários, que usam gravata e estão nas listas dos bem-vistos pelos governos e economias ocidentais e ditos países desenvolvidos (que não raramente são inclusive membros de governos).



Alternativas

Alternativas aos pesticidas estão disponíveis e incluem métodos de cultivo, uso de controles biológicos de pragas (como feromonas e insecticidas microbianos), engenharia genética e métodos de interferir com a reprodução do insecto. Estes métodos estão se tornando cada vez mais populares e muitas vezes são mais seguros que os pesticidas químicos tradicionais. Além disso, a EPA está registrando redução de risco de pesticidas convencionais em número crescente.

As práticas de cultivo incluem a policultura (cultivo de vários tipos de plantas), rotação de culturas, o plantio de culturas em áreas onde as pragas que danificam as culturas sejam em numero reduzido, de acordo com a época de plantio, quando as pragas sejam menos problemáticas, e uso de culturas armadilhas ou isco, que atraem as pragas para longe a cultura real.

O lançamento de outros organismos que combatem a praga é outro exemplo de uma alternativa à utilização de pesticidas.

Estes organismos podem incluir predadores naturais ou parasitas das pragas, Os pesticidas biológicos baseados em fungos entomopatogênicos, bactérias e vírus que causam doenças em espécies de pragas, também podem ser usados, como por exemplo o Bacilus thurigensis, para uma série de pragas das nossas culturas. 

Na Índia, os métodos tradicionais de controle de pragas incluem o uso do Panchakavya , a "mistura de cinco produtos." O método recentemente experimentou um ressurgimento na popularidade devido em parte ao uso pela agricultura orgânica comunitária em vários pontos.

Produtos químicos agrícolas

Um crescente corpo de dados epidemiológicos estão ligados exposição a pesticidas absorvido no período pré-natal (em que os químicos atravessam a placenta durante o desenvolvimento fetal), bem como a exposição no primeiros anos de vida de uma criança.

A convencional pulverização agrícola com químicos é responsável por uma variedade de problemas de saúde, incluindo baixo peso ao nascer, defeitos de nascimento, desenvolvimento neurológico anormal e problemas reprodutivos.
Dos nove mais populares alimentos indicados e benéficos para nutrição infantil de frutas e vegetais, maçãs, pêras, pêssegos, nectarinas, morangos, cerejas, aipo, espinafre, broculo e  cenoura, todos contêm altos níveis de resíduos de pesticidas diversos, salvo se forem cultivados orgânicamente.

E quando pensam que o senhor que tem a horta e vende na praça, que diz que não usa nada.
Por vezes é ainda pior, porque quando utilizam (por ignorância e má explicação de quem lhos vende) utilizam não raro, doses muito superiores às recomendadas para "resolver o problema de vez", como eu infelizmente conheço e me deparei já com muitas situações  e ainda mais estórias do género.

Comer alimentos orgânicos e biológicos podem ajudar a promover uma melhor saúde celular, uma vez que sobre vários agro-químicos utilizados no cultivo químico de alimentos, tem sido demonstrado resultar num efeito negativo sobre a função mitocondrial.

Diversos produtos químicos, incluindo o paraquat, paratiom, dinosebe e 2-4-D, foram encontrados em actividade de aumentar a permeabilidade da membrana celular das mitocondrias que por sua vez vão expor os radicais livres, inibindo um processo conhecido como engate, que é parte integrante da produção eficiente de triphospate de adenosina (ATP) . O ATP é um importante produto químico que as ligações celulares nos terminais nervosos usam para a comunicação neural normal. Os baixos níveis de ATP celular, nos terminais nervosos podem levar à perda de sinapses e função sináptica, e pode finalmente levar ao declínio cognitivo.
O desenvolvimento do sistema nervoso de uma criança é mais vulnerável do que um adulto.

Apenas um gafanhoto?

Somos parte de um ecossistema e absorvemos o que nele existe. Um estudo realizado pelos Centros de Controle de Doenças e Prevenção nos EUA, conclui que o cidadão médio Americano, tinha 13 pesticidas diferentes no seu corpo. Os dados mostraram que as crianças e mulheres em idade fértil, acumulam a mais pesada "carga" de pesticidas. A média de idade 6-11 anos apresenta quatro vezes o nível "aceitável" de organofosforados.

Os pesticidas organo-fosforados interferem com a transmissão dos sinais nervosos no cérebro e sistema nervoso, tornando-os potentes neuro toxinas.  Eles são considerados um dos mais perigosos produtos químicos utilizados na agricultura e têm sido associados a uma série de doenças, incluindo cancro, diminuindo a fertilidade masculina, anormalidades fetais, síndrome da fadiga cronica em crianças, e a doença de Parkinson.


Assustado o suficiente?

Se sim, comece a alterar hábitos de consumo e cidadania.
Se não, dê-se pelo menos ao trabalho de pesquisar algo mais e confirmar estes dados...

Mas não tapem os olhos e finjam que não existe o problema


Bombas de sementeiras (seed bombs) para guerrilha urbana de jardins

Detesta os baldios abandonados ao lado da estrada e ruas da cidade?
Os jardins públicos, caldeiras de árvores, etc cheios de terra nua e mal aproveitada.
Jardins públicos cheios de espécies exóticas e relvados foleiros de alto custo de manutenção e consumo de água?
Gostaria de ver um jardim de flores num desses lotes, mas tem receio de ser preso por violação de propriedade pública ou alheia?
Não tem o dinheiro para comprar plantas que gostaria de ver nesses espaços? 
O terreno em questão é de acesso muito difícil de entrar?
Bem, a bomba de sementes é a grande solução e "arma" adequado para si, na acção de guerrilha urbana de jardins.

A bomba de sementes é barata se comparado à compra de transplantes. É natural e orgânica, fácil de fazer, portátil e de fácil transporte, e pode facilmente cobrir-se uma grande área com bombas de sementes num espaço de tempo muito curto.  A bomba de sementes também é uma grande arma no arsenal nos jardineiros de guerrilha, quando o "guerrilheiro" precisa de obter resultados rápidos.


Todos os materiais nesta instrução são baratos ou gratuitos, fáceis de encontrar, e são naturais e orgânicos.

Na sua área, se disponível, apanhe terra de textura barrenta, que agregue muito (em Monsanto, junto de alguns dos caminhos  e em muitos baldios de Lisboa, bastando escavar 10 cm encontra-se, ou se não houver barro disponível na sua zona, pode usar de barro comprado e misturado com uma porção de 30 % de matéria orgânica.
Use de preferência sementes de espécies de plantas autóctones da sua região (Consulte os sites de Conservação da Natureza ou outros, procurando por Flora autóctone de Portugal (Tentarei por aqui muito em breve uma lista de espécies possíveis), depois compre misturas de sementes de flores e plantas nativas. Ou se for a época certa (agora) apanhe em terrenos baldios ou matas na periferia da cidade.

O ideal são arbustos e ervas perenes que crescem nas nossas charnecas e matagais. São extremamente rústicas, com capacidades de pioneiras em terrenos pobre e degradados por isso muito eficazes, e regra geral são muito bonitas, as plantas dos matos portugueses, com grandes e abundantes florações que variam ao longo do ano.
Não só vão crescer bem, não vão expulsar outras plantas, aves e perturbar as populações de insectos, ou outros danos ambientais. Pelo contrário, irão beneficiar tanto a flora e fauna já existente, aumentando a biodiversidade.

Como fazer

Use um recipiente ou qualquer superfície plana e grande
Para a mistura de barro seco vermelho 5 peças de barro com uma parte de composto e uma sementes de flores parte, coloque algumas gotas da água na mistura com cuidado para não exceder e ficar demasiado pastoso. Amasse com as mãos até formar uma bola, alise e corte no tamanho desejado. Agora é só fazer uma bola pequena e deixe secar ao sol.

E de forma tão simples e até agradável de fazer, tem uma bomba de sementes de barro vermelho.

Agora poderá tornar-se um guerrilheiro de jardins urbanos para Cultivar Biodiversidade. 



"Quanto mais branco o pão, mais cedo irá morrer!" (antigo ditado).

"Quanto mais branco o pão, mais cedo irá morrer!"  (antigo ditado).


O pão feito de farinha branca refinada seguramente não é bom para a saúde. Há um fato pouco conhecido que numerosos estudos científicos  provaram inúmeras vezes, de que há determinados itens alimentares comummente consumidos em dietas que são prejudiciais à nossa saúde, no nosso moderno e rápido  modo de vida, . Um deles é o pão branco, uma elemento presente e principal da dieta da maioria das pessoas. Acredite ou não, comer pão branco é prejudicial!

Isso pode ser algo que não irá fazer felizes muitas pessoas por o saber, mas se quiserem melhorar a saúde, perder peso e evitar a possibilidade de acabar com diabetes tipo II, o pão branco terão que eliminar da alimentação diária.

Por que se deve excluir Pão branco da alimentação?
O pão branco é feito de farinha branca refinada, contendo vários componentes deficientes e muito pouco interessantes em termos de nutrientes e fibras, essenciais para um sistema digestivo saudável e um metabolismo estável.
E esta é a razão:
A farinha branca refinada é produzida a partir do grão de trigo que é submetido ao processo de refinamento em que se removem todos os traços da casca ou farelo e junto com estes, todos os elementos alimentares válidos e contidos no grão. A farinha é então branqueada com agentes químicos com base em cloro e seca em fornos de alta temperatura para matar todos os demais constituintes benéficos.

Este insípido pó, sem sabor, em seguida é-lhe adicionado glúten (que é um produto a que um número crescente de pessoas se estão a tornar alérgicas), que ajuda a produzir um pão de forma mais uniforme, e com mais capacidade de ficar grande e macio. A muitos tipos de pão embalado, também é adicionado açúcar para permitir que o fermento de padeiro aumente de volume a massa.  O sal também é adicionado para controlar a acção do fermento e evitar que o pão cresça demasiado.

Comer massa produzida para pão branco pode ser comparado a comer um pouco de papelão, tal a sua suavidade e ausência de qualquer benefício útil numa dieta qualquer. Pão da pequenas padarias e pães feitos em casa, normalmente têm o gosto um pouco melhor, mas porque a farinha branca refinada é usado na sua produção, ainda não há um benefício de saúde.

Aspectos negativos para a saúde pelo consumode pão branco
 
Para começar, tal como com a massa branca e outros produtos feitos com farinha branca refinada (massa , esparguete, bolos, etc, etc, etc), o pão branco contém uma grande proporção de alto IG (índice glicémico)e  hidratos de carbono.  Estes provocam uma libertação mais rápida dos açucares para a corrente sanguínea o que provoca um rápido aumento nos níveis de açúcar no sangue, que por sua vez desencadeia da mesma forma, uma libertação rápida de insulina no próprio corpo, regulando o açúcar. Esse elemento é libertado pelo pâncreas e é responsável por regular os níveis de açúcar no sangue.

A insulina é o que as pessoas que sofrem com diabetes tipo 1 têm que injectar para regular os seus níveis de açúcar no sangue, porque o corpo não produz naturalmente o suficiente . O diabetes tipo II é uma doença que se espalha rapidamente, provocada por desequilíbrios demasiado frequentes dos níveis de açúcar no sangue, causando a produção de insulina para tornar-se sobre-carregados, o que eventualmente leva ao problema e todos os aspectos negativos para a saúde associados a ele.

Outros aspectos negativos da saúde vêm na forma do aumento dos níveis de mau colesterol no sangue.  Isso pode levar a problemas como doenças cardíacas relacionadas ao estreitamento das artérias. Quando os níveis de colesterol LDL se tornam demasiado elevados, as artérias engrossam as paredes e os bloqueios podem ocorrer, levando à trombose (coágulos de sangue), bem como à pressão arterial elevada.

Outro efeito negativo do consumo de pão branco é sobre o metabolismo do corpo. Este é retardado provocando redução da eficiência na digestão e maior armazenamento de gordura. Na verdade, esta é uma das principais razões pelas quais a perda de peso é tão difícil para as pessoas que continuam a comer pão branco.

A falta de fibras na dieta é um grande problema para o trato digestível, especialmente para os intestinos conseguirem terminar o processo e permitir que os resíduos possam deixar o corpo. Quando há pouca ou nenhuma fibra alimentar presente na alimentação, o intestino irá sofrer e ser incapaz de efectivamente eliminar todos os resíduos do corpo. Isto leva a doenças como a de Crohn, Síndrome do Intestino Irritável (SII) e pode levar ao cancro do cólon.

A alternativa ao pão branco

Mas não temos que desistir do pão na alimentação, só apenas do pão branco. A alternativa viável é de pão castanho claro, também conhecido como pão integral ou feito de cereais integrais. Este é produzido a partir de farinha integral, que não é refinada, da mesma forma como a farinha branca. A farinha integral mantém a casca do trigo, o farelo, que é onde todos os nutrientes e fibras dietéticas existem.  Não há qualquer branqueamento e os níveis de glúten são geralmente mais baixos do que no pão branco, mas deve sempre ser verificado o rótulo para essa primeira informação.

A farinha integral possui níveis muito mais baixos de Hidratos de carbono com IG, do que a farinha branca.  Também tem níveis mais elevados de hidratos de carbono de baixo índice glicêmico, que funcionam de maneira oposta aos carbohidratos com alto IG, o que irá resultar numa libertação lenta de açúcares na corrente sanguínea. O resultado é a insulina ser libertada lentamente e em quantidades muito menores. O metabolismo é estimulado, em vez de inibir, o que significa que o seu sistema digestivo recebe um impulso em termos de eficiência e menos gordura fica armazenada. Esta é uma boa notícia para pessoas preocupadas com o excesso de peso.

Os produtos de farinha integral, como pão integral, contêm altos níveis de fibra dietética. Isto é essencial para o funcionamento do cólon e da digestão completa de alimentos e eliminação de resíduos. Eles também contêm níveis mais baixos de LDL-colesterol ruim e com níveis mais elevados de HDL, o colesterol bom. Isto significa que as artérias ficam mais saudáveis e uma pressão sanguínea normalizada melhora.
Para rematar, o pão integral é muito mais saboroso e sem sensação de enjoativo, com textura pastosa. Fazer uma troca para pão integral é um processo de acostumação com o sabor e textura. Em pouco tempo irá preferir o sabor muito mais rico e superior, juntamente com todos os benefícios de saúde, como parte de uma dieta saudável e saborosa.

A fórmula para alcançar a economia “verde”:

A fórmula para alcançar a economia “verde”: investir 2% do PIB anual mundial até 2050

Fonte: Naturlink

Ana Ganhão (21-02-2011)
A transição para uma economia ecológica e sustentável respeitando o ambiente é possível se for investido anualmente até 2050, 2% do PIB mundial em 10 sectores chave, de acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), publicado esta segunda-feira em Nairóbi, no Quénia.
O relatório assinala que ao investir em cada ano 2% do PIB mundial (950 mil milhões de euros), a economia mundial teria taxas de crescimento semelhantes às actuais ou até maiores, "mas sem aumentar os riscos, as dificuldades e a crescente crise inerente à economia existente, responsável pelo esgotamento dos recursos e pelo elevado nível de emissões de carbono".

Os 10 sectores chave citados pelo relatório são a agricultura, a construção, a energia, a pesca, a silvicultura, a indústria, o turismo, os transportes, a água e a gestão de resíduos.

Segundo este texto, uma economia verde não é apenas relevante para as economias mais desenvolvidas, mas é também um catalisador essencial para o crescimento e erradicação da pobreza nos países em desenvolvimento, onde cerca de 90% do PIB gerado pelas populações mais desfavorecidas depende da natureza e recursos naturais como a água potável.

O relatório critica especialmente os subsídios e as subvenções que apenas prolongam a insustentabilidade dos recursos, como é o caso dos combustíveis fósseis, da agricultura, incluindo pesticidas, ou a pesca. Segundo os especialistas que redigiram o relatório, entre 1 e 2% do PIB mundial são gastos anualmente em subsídios. “A maioria desses subsídios está envolvida na degradação do meio ambiente e da ineficácia da economia mundial. A sua redução ou a eliminação progressiva apresenta múltiplas vantagens e libertaria recursos para financiar a transição para uma economia verde." “Se investirmos cerca de 1,25% do PIB mundial anual em eficiência energética e em energias renováveis é possível diminuir a procura mundial de energia primária em 9% em 2020 e cerca de 40% em 2050", acrescenta.

De acordo com o estudo, os 950 mil milhões de euros necessários para a transição para a economia verde seriam divididos por:
- 78 mil milhões para a agricultura, incluindo pequenas explorações;
-  97 mil milhões para o sector imobiliário, através da melhoria da eficiência energética;
- Mais de 260 mil milhões para o abastecimento de energia;
- Quase 80 mil milhões para a pesca, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais;
- 11 mil milhões de euros para a silvicultura, o que ajudaria também no combate às alterações climáticas;
- Mais de 55 mil milhões para a indústria, incluindo a dos produtos manufacturados;
- Quase 100 mil milhões para o sector do turismo;
- Mais de 135 mil milhões para o sector dos transportes;
- Quase 80 mil milhões para a gestão de resíduos, incluindo a reciclagem;
- 80 mil milhões para o sector da água, incluindo as questões de saneamento.

A transição para a economia fará crescer as economias e reduzir a pegada ecológica em 50% até 2050.
Em relação ao emprego, o relatório demonstra que "ao longo do tempo, o número de novos postos de trabalho criados em sectores que vão desde as energias renováveis a uma agricultura sustentável compensaria a perda daqueles que são gerados pela economia suja.” No entanto, presume-se que em alguns sectores, como a pesca ", a transição para uma economia verde resulta em perda de empregos e de benefícios a curto e médio prazo”.

“Com 2,5 bilhões de pessoas a viver com menos de 1,5 euros por dia e com um aumento populacional superior a dois mil milhões de pessoas até 2050, é evidente que devemos continuar a desenvolver e a fazer crescer as nossas economias. No entanto, este desenvolvimento não pode acontecer à custa dos próprios sistemas de apoio à vida na terra, dos oceanos e da atmosfera que sustentam as nossas economias e, por conseguinte, as vidas de todos nós”, explicou, na apresentação do relatório, Achim Steiner, sub-secretário Geral da ONU e director-executivo do PNUMA.

Fonte: http://www.unep.org/

Cereais: Propriedades nutritivas e terapêuticas




TRIGO (Triticum aestivum)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Triticum
ORIGEM: Médio Oriente.
PROPRIEDADES: Tem muitas vitaminas do grupo B e E, que diminui a concentração de açúcar no sangue e na urina, por isso é também anti-anémico. É rico em ácido fólico que é um poderoso antioxidante. Deve ser incluído na alimentação infantil, pois fortalece o sistema imunitário, protegendo da doença. Aumenta o processo de renovação celular.







AVEIA (Avena sativa)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Avena
ORIGEM: Ásia.
PROPRIEDADES: é um cereal muito nutritivo, que possui cálcio, ferro, proteínas, além de vitaminas, carboidratos e fibras. Pela fibra solúvel é benéfico para o bom funcionamento intestinal, controle do açúcar no sangue, manutenção e diminuição do colesterol, controle da pressão arterial e regulador do funcionamento do intestino.








CENTEIO (Secale cereale)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Secale
ORIGEM: Médio Oriente.
PROPRIEDADES: O centeio é menos nutritivo do que os outros cereais mas é o cereal mais rico no aminoácido essencial lisina. Além de depurativo do sangue, oferece a grande qualidade de facilitar a circulação sanguínea, o que útil na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares e da arteriosclerose. Não contém glúten.








MILHO (Zea maiz)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Zea
ORIGEM: América do Norte e Central.
PROPRIEDADES: È rico em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano. Rico em hidratos de carbono, proteínas e vitaminas do complexo B, que combate a degeneração muscular, actua no crescimento e protege o sistema reprodutor. É boa fonte de energia, por ter grandes quantidades de açúcares e gorduras. O milho contém vários sais minerais como (ferro, fósforo, potássio e zinco). Não tem glúten.







ESPELTA (Triticum spelta)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Triticum
ORIGEM: Europa
PROPRIEDADES:  A Espelta contém cerca de 57,9 por cento de hidratos de carbono (9,2 por cento excluindo fibra ), 17% de proteínas e 3,0 por cento de gordura , bem como minerais e vitaminas dietéticos  . (7). Como contém uma quantidade moderada de glúten , é apropriado para alguns fermentos. Na Alemanha, os grãos verdes são escritas secas e comidas como grãos verdes. Não é adequado para pessoas com doença celíaca.



KAMUT (Triticum turgidum)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Triticum
ORIGEM: Médio oriente
PROPRIEDADES: Em comparação com o trigo mole, é maior em oito dos nove minerais, contém até 65% mais aminoácidos, e possui maior quantidade de lipídos e ácidos gordos. O Kamut tem um nível de proteína até 40% superior à média normal de trigo. Também tem maior percentagem de lipídios, que produzem mais energia que os hidratos de carbono.





ARROZ (Oryza sativa)

FAMÍLIA: Poaceae
GÉNERO: Oryza
ORIGEM: Japão
PROPRIEDADES: O arroz é composto por 85% da energia em hidratos de carbono, 7% de gordura, e 8% de proteína. O arroz também tem uma quantidade considerável de proteínas, com um excelente espectro de aminoácidos . A qualidade da proteína de arroz (66%) é maior do que o trigo integral (53%) e milho (49%). Da pequena quantidade de gordura no arroz integral, é sobretudo poli-insaturada, sendo muito usado em dietas.

 


GIRASSOL (Helianthus annus)

FAMÍLIA: Asteraceae
GÉNERO: Helianthus
ORIGEM: América do Sul
PROPRIEDADES: As flores e folhas são eficazes em acelerar a cicatrização de feridas e contusões, e também pode auxiliar o tratamento de problemas da garganta e pulmões.
As sementes são ricas em ómega-6 que é útil na prevenção de problemas cardíacos e no tratamento de esclerose múltipla.